
como se fosse uma respiração mal conquistada
ou um coágulo maldito a bloquear a veia
que pulsa avassalando cada noite;
Nada me merece a vista; nada me aquece o frio dos olhos;
nada me surpreende a lassidão do estar,
nem tão pouco veneno que corre em regatos
ou a rosa branca pendente dos espinhos
Uma avenca rompe da fenda dos tijolos
e eu sinto-lhe o contorcer da força
como um pulsar exigente; o veneno da beleza
invadindo a penumbra que flagela a vida.