estavas inscrito nas pedras, à superfície
de um tempo que passou e se passou
marca cravada nos capitéis do pensamento
mesmo ao longe, noutra latitude,
nos ângulos de outros frisos
nos restos de outras realidades.
senti ainda a tua ausência no que restou
do labirinto das crenças
nos fragmentos subterrâneos,
na triangulação quebrada das fachadas
nas praças povoadas de mitos
e nas águas que os deuses faziam jorrar para dentro das fontes.
de um tempo que passou e se passou
marca cravada nos capitéis do pensamento
mesmo ao longe, noutra latitude,
nos ângulos de outros frisos
nos restos de outras realidades.
senti ainda a tua ausência no que restou
do labirinto das crenças
nos fragmentos subterrâneos,
na triangulação quebrada das fachadas
nas praças povoadas de mitos
e nas águas que os deuses faziam jorrar para dentro das fontes.
9 comments:
ÀS vezes parece que estamos no labirinto de Tebas...
A sabedoria para sair de lá, aparentemente tão simples, parece que nos é vedada!
E o minotauro da lembrança contiua a devorar virgens...
Somos sempre seres incompletos.
Quantos têm as pedras sem inscrições
ou marcas? O lugar da ausência é a
presença viva da memória das emoções.
Um dia os traços serão mais ténues mas nunca deixarão de colorir os capitéis.
Belo.
Adoro este teu poema de saudade.
Beijo
CSD
Quando se contemplam restos do passado, as emoções escorrem lentamente...
por vezes essa procura é bem exaustiva e dolorosa, mas de uma forma ou de outra todos fazemos num "ajuste de pedras"!
Parabéns!!!!!!
..a aprendizagem dever ser constante...
Será a memória um espaço-tempo feito de ruinas, do-que-foram-um-dia? Ou são apenas ruinas, aquilo de nos queremos recordar?
um beijo
Tu até consegues por as pedras a falar...
Este teu poema é muito bem conseguido. A linguagem é clara, tem musicalidade e as imagens que crias, nomeadamente através de metáforas inteligentes, são muito boas.
A foto também foi bem escolhida.
Beijinhos.
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