Saturday, January 13, 2007

Haverá saída?


Há cerca de uma década comecei a sentir alguma relutância em ceder à ideia de que todos os alunos eram iguais dentro da sala de aula e que o ensino a ministrar devia ser o dos objectivos padronizados para o aluno médio, pressupondo-se que a mediania seria atingida por todos.
Nunca me dediquei com afinco ao estudo das teorias pedagógicas porque a sala de aula é um lugar por onde não passam os ideólogos; ou se passaram, foi uns anos antes da publicação das suas obras reguladoras de comportamentos e, por muito que se queira comparar o nosso tempo de estudantes com o momento presente, não vale a pena tentar. Seja qual for o tempo (e é das coisas que mais me incomoda é ter de aguentar esta conversa quando alguém se põe a estabelecer essas comparações…) eu, que estou no terreno, localizo a mudança num crescendo que começou há menos de uma década. Sou capaz de dizer que tudo começou a “descambar” de há uns seis a sete anos para cá. Se não tiveram contacto com uma escola dentro desta data, não precisam de dar opinião pois acreditem que não sabem do que falam.
Dizia eu que enfrentei por essa altura alguns colegas mais “pedagogos”, perfeitamente alinhados no espírito do aprender brincando. Mas vem mais de trás, esta brincadeira; desde os anos 80 as tentativas para reformar o que se sabe estar mal têm sido muitas, mas nenhuma com tempo para ser bem sucedida, como se tudo se passasse ao nível da tentativa-erro, mas sem que se pegue no erro para o emendar. Desconcertados, os ministros vão aparecendo e vão mudando, riscando daqui e escrevendo ali, sem nada acrescentar senão a necessidade de reduzir o nível de exigência. Mascarar o insucesso para que sejam atingidos os níveis europeus de escolaridade. Este ano lectivo transitei alunos do 8º para o 9º ano com sete disciplinas em estado negativo; considerando-se que só no 9º ano é que atingem o final do ciclo, etc, etc, e que o terceiro ciclo é um todo, etc etc, e que os pais não estão muito de acordo com a reprovação, etc etc... deu-se o jeito. Curioso é que a inspectora que fez a auditoria à escola em Dezembro questionou o exagero de negativas nas disciplinas de História e Geografia. Em Matemática já não espanta, é o que se sabe!, em Inglês também não! (se algum dia alguem pensou que 28 alunos conseguem aprenderuma língua estrangeira em 90 minutos semanais pensou MAL!). Na língua Portuguesa, por muito mal que escrevam, o que se testa são outras competências... por isso já sabemos que temos de continuar a abrir mão do rigor na conclusão do 9ºano. Depois chegam ao Secundário com ambições universitárias, não tanto eles que detestam estudar, mas os pais. Eu também sempre quis o melhor para os meus. (A questão é o conceito de "melhor" ligada aos estudos universitários... mas esse é outro assunto).
Mas, retomando o fio, nessa altura já me custava muito ter de estabelecer objectivos mínimos para os alunos com défice cognitivo. Cheia de boa fé e pensando que podia ser eu a ter um filho com essas dificuldades, fui cedendo… Mas quando eu digo “um filho” assim, refiro-me a um adolescente comprovadamente diferente, integrado num mundo de iguais. Quem está livre disso?!
A pouco e pouco a minha atenção teve de recair sobre os menos dotados (e se eles crescem em número!!!), a quem devia ser prestada mais atenção para que atingissem todos o mesmo patamar. A consequência imediata disso é uma coisa que me tem enchido a cabeça nestes últimos dias em que tenho reflectido sobre o que aqui relatei antes – eu esqueci-me dos alunos “normais” (perdão aos ouvidos mais sensíveis). Da redução dos objectivos à centralização do ensino nas competências, tudo acompanhado de muitos impressos, dados para gráficos de sucesso /insucesso, formulários, planos de recuperação, planos de acompanhamento, et cetera, a coisa ia sempre bater ao mesmo: aqueles que aprendem mais depressa e anseiam por conteúdos novos, aqueles que são capazes de saltar rapidamente do saber ouvir para o saber fazer e depois para o saber ser, têm estado positivamente ao abandono.
Numa sala de aula eu fixo os nomes dos mais rebeldes no primeiro dia, falo quase exclusivamente para eles em todas as aulas, mando que sejam eles a ler os textos em voz alta, preocupo-me em neutralizar aí os focos de perturbação e muitas vezes não replico, não respondo, faço que não lhes oiço certo palavreado, quase como se fosse eu a parte mais frágil do casal contratuado para viver em comunhão, a bem da duração do casamento. À conta disso sou capaz de ter tolerado menos coisas aos meus filhos porque lembro-me que o chegar a casa, depois de um dia de aulas, era de tal forma desejar o céu, que era a eles que cobrava o silêncio e o sossego de que vinha carente.
Dizem as novas orientações que temos de trabalhar as competências e eu, cumpridora, tenho procurado que se promova a educação para a cidadania, palavra linda que faz a abertura de toda a literatura chegada às escolas.
Porém, já dei comigo a pensar que ando a dar pouca atenção ao aluno X ou ao Y, porque esse é competente e há-de desenvencilhar-se sozinho. E sozinhos têm ficado aqueles que têm objectivos traçados e que, à partida, vão lá chegar. Por esses nada tenho feito. E, reconheço, esses bocejam, absortos, frustrados…
Há dias dei-me conta que o João anda a perder o brio. Não lhe foi fácil perceber que teria de deixar de fazer os trabalhos de casa e “mandar uma boca” de vez em quando, na aula, para ser aceite no grupo dos que agora são os “normais”. Doutra forma é marginalizado. Mas o João chegou lá, agora. Mandei recado pela directora de turma para que os pais ficassem atentos, no sentido do rapaz não perder os seus bons hábitos (porque os pais deste são dos que nunca faltam às reuniões). Só ontem, depois de escrever o meu “grito” e depois de ler algumas considerações lá deixadas é que me ocorreu que não é aos pais do João que eu tenho de pedir atenção. Eles até são atentos! Sou eu que tenho de mudar de agulha! Eu!!!!
Vou tentar olhar para os alunos que merecem. Foi isto que decidi, porque não quero abandonar ainda esta guerra. Não quero encostar-me à porta da sala, sem palavras perante a má educação. Terei de a aguentar, se conseguir canalizar a atenção para quem a merece!
Terei de preencher uns papéis (são às dezenas), traçando planos de recuperação para os outros, mas eu sei quantos desses papéis tive de arquivar o ano passado (estão lá, nada se extravia) sem que os pais tivessem posto a sua assinatura no respectivo espaço. A escola que os eduque, a escola que os prepare para a vida, a escola que os ature. Ah, e que os ponha a fazer serviço cívico, que em casa eles não o fazem, dá muito trabalho insistir!
Na minha digressão pelo mundo dos blogues li há umas horas um texto que me deixou a pensar muito. Por isso vou já concluir, dizendo que não há solução para esta questão complicada. Não a questão do ensino, porque essa, eu vou tratar dela à minha maneira, nas minhas salas de aula. Não posso meter atestado por incapacidade psicológica ainda (lá virá o tempo!). A questão é a da VIDA e a do FUTURO. A vida de uma geração que daqui a uns anos não saberá o significado da palavra esforço, ou persistência ou brio. Os pais deles acham que todo o esforço traumatiza e aligeiram, para não dizer que abandonam. Os pais deles, se me permitem o desabafo, não querem sair traumatizados da situação. Os pais deles estão centrados em si e nas suas carreiras e no seu bem estar e no "está bem, faz lá o que quiseres e não me chateies!". Muitas vezes são as mães, porque os pais têm a parte mais fácil que é a do fim-de-semana quinzenal e dão tudo para suprirem o que não podem dar...
Preocupa-me pois, o futuro de um mundo em que há jovens são capazes de me dizer que aquele aluno lá da escola que anda de cadeira de rodas não tinha nada que lá estar porque um dia ainda vai ser beneficiado por ser deficiente e vai tirar o trabalho a outro que o poderá fazer melhor do que ele.

E, já agora, eu, que sou naturalmente pelo sim à interrupção voluntária da gravidez, também seria pelo sim à laqueação de trompas de certas mães e à vasectomia de certos pais.

12 comments:

Isabel Victor said...

elipse,estava equívocada. Agradeço-te o teu esclarecimento sobre o longo caminho dedicado ao ensino. Isso torna, ainda, tudo mais preocupante!

Estou convicta de que a educação só resultará se emanar de um contrato social, exercido em rede, com elevado sentido de responsabilidade de todas as partes envolvidas (famílias,estado,sociedade civil,instituições culturais e patrimoniais, meios de difusão e criação artística,etc,etc,etc.)

Pelo que nos contas, somado a muitos outros testemunhos (gritos de alerta !)que nos vão chegando dos professores, desagua, hoje, abruptamente, na sala de aula um imenso lamaçal de ineficácias, indecisões e demissões que se encaminha, perigosamente, para um sombrio pântano. Para " Um nada que invade tudo ..."

Na minha actividade profissional, enquanto museóloga e directora de um museu local que sempre privilegiou a relação com as escolas e a função educativa, tenho vindo a assistir a um sucessivo fechamento das várias instituições de ensino com larga experiência no terreno e ao retraimento forçado de professores (alguns dedicados profissionais com quem trabalhámos, durante anos a fio, em projectos de educação patrimonial), que se sentem, hoje, angustiados,"mal tratados", completamente absorvidos por actividades burocráticas e desgastados com áridas discussões, em ambientes inóspitos, geradas por um clima de sobre(vivência).

Isto, tudo somado, é realmente muito preocupante !

Merece profunda e alargada discussão ... pensando que o (e quem) gera o problema, também que ser implicado na solução! Mas como ? Eis a questão ...

Um ABRAÇO em elipse *

Claudia Sousa Dias said...

O querida Elipse!

Estou contigo nessa luta, já sabes!

eu já sabia que o meu comentário no post anbterior iria causar polámica,mas é o impulso mais imediato..

A incompetência de quem faz as reformas do ensino é inominável para mim que não consigo entender como é que quem não tem aproveitamento continua a transitar de ano.

Os meus alunos pertenciam ao 10ºano numa escola profissional e era extremamente com+licado fazê-los estudar, isto apesar de eu lhes fornecer diariamente apontamentos, de lhes apresentar fichas de trabalho regularmente, vigiar os cadernos para ver se passavam os apontamentos, de lhes dar os resumos da matéria e esclarecer dúvidas antes dos testes...

Para cúmulo cheguei a fazer quase todos os testes como sendo de consulta!

Como resultado, queizavam-se que as perguntas erma muito difíceis e que tinham de escrever muito.

Era simples. Não queriam ter o trabalho de ler os resumos, seleccionar a informação e depois escrever!

Para além dos telemóveis, toques que mndavam uns aos outros apesar de garantirem que os aparelhinhos infernais estavam desligados, dos peidos, dos papeizinhos que voavam pelos ares nas minhas costas...

Enfim...

CSD

addiragram said...

A jovem democracia também trouxe:1- a confusão de papeis;2- a implementação de modelos preversos- como o do ensino integrado;3-a confusão entre autoritarismo e autoridade; 4-uma política de negação dos problemas sociais e suas gravosas consequências; 5- uma desresponsabilização progressiva dos vários intrevenientes ( é sempre o Outro o culpado);6- uma falência da função paternal (entenda-se aqui o fundamental que é a introdução de regras e limites) e um ênfase dado ao lado maternal (compreender, tolerar, não frustrar...7- a mentira da "mascarada" dos números e dos objectivos...
Só saneando este lado mentiroso da mente que está presente nos políticos,nos pedagogos, nos pais, nos professores e nos alunos retomaremos alguma lucidez para enfrenter esta montanha de escolhos...Boa Sorte querida Amiga!

Fatyly said...

"Se não tiveram contacto com uma escola dentro desta data, não precisam de dar opinião pois acreditem que não sabem do que falam"...

não sei se será assim tão linear porque o cenário que descreves quer neste quer no anterior post, e no texto TPC, o quadro mantem-se negro há muito mais anos em que poderia opinar com vivências, mas não o farei.

Para tudo há uma saída e terminas com a melhor das saídas!

Beijos

mfc said...

A inversão da normalidade é preocupante! Não é que a normalidade em si seja algo a preservar a todo o custo... mas está-se a exagerar muito.
E estamos a caminhar para um beco sem saída.

Anonymous said...

"Preocupa-me pois, o futuro de um mundo em que há jovens são capazes de me dizer que aquele aluno lá da escola que anda de cadeira de rodas não tinha nada que lá estar porque um dia ainda vai ser beneficiado por ser deficiente e vai tirar o trabalho a outro que o poderá fazer melhor do que ele."

Isto aconteceu mesmo?
É que se aconteceu, perante isto só resta mesmo chorar um pouco antes de partir para a guerra com um novo sentido do problema:

O individualismo extremo resulta em egoísmo, que por sua vez resulta normalmente em violência verbal ou física, pois num espaço exíguo, como a sala de aula, vinte e tal pequenos egoístas não conseguem permanecer em paz.

O problema é vasto, complexo e abarca muita coisa. A sala de aula é, como a Isabel Victor diz, e bem, um local onde desagua "um imenso lamaçal de ineficácias, indecisões e demissões que se encaminha, perigosamente, para um sombrio pântano."

O individualismo liberal é uma bandeira perfeita para muita gente, mas estas consequências já poucos as vêem.

Beijinho com um abraço pelo meio.

jacky said...

Desculpe-me a franqueza mas fiquei chocada com o seu texto, não só pela leveza com que leu o que eu escrevi como com a sua conclusão final. Se é a favor da laqueação das trompas das mães que não querem que os filhos passem TODOS OS SEUS TEMPOS LIVRES a fazer deveres também sugiro a implantação de neurónios de compreensão e interpretação a certas pessoas!

É que se leu bem o que eu escrevi, eu não sou contra o esforço mas sim contra o excesso de deveres de um dia para o outro. Pedi aos professores que fossem razoáveis e já agora que trabalhassem em grupo para coordenarem as actividades.

Um professor não é bom pela carrada de deveres que dá, mas pela forma como empenha cada aluno em aprendizagens significativas.

Se estiver interessada em debater ideias CONSTRUCTIVAS, estarei ao dispôr...

jacky said...

* CONSTRUTIVAS

Elipse said...

Aqui só temos oportunidade de desabafar um pouco, assim mais ou menos em gritos emotivos, talvez em dias em que se chega a casa e se põe em questão o que se faz, o que se diz, o que ouve, o que se lê, o que pensa, o que se deseja... e não se sabe qual a saída... a de todos e a de cada um.
Vitimizados por um ritmo de vida que nos rouba muitas vezes a racionalidade, vamo-nos queixando e vamos azedando, à espera de realizações que, à falta de as procurarmos, não nos chegam às mãos.

Assistimos a uma certa inversão da normalidade, sim, mas o que é a normalidade?

E se o mundo sempre funcionou assim por paradigmas que se vão substituindo numa dialética de antagonismos, talvez possamos aguardar que a próxima geração seja mais exigente e menos tolerante do que esta a que pertencemos, esta que se divide entre o desejável, o correcto e o possível, dadas as condições em que se vive. (apenas temo que a intolerância possa ser levada a extremos, porque o comentário sobre a inutilidade do jovem deficiente que temos na escola, eu ouvi-o da boca de um dos meus alunos do secundário, não o inventei).

Neste balançoque há dias fiz por aqui falei de incómodos e cada um de nós sente-os à sua maneira, exprimindo-os também à sua medida.

Falta nas escolas uma autoridade institucional. Falta alguém que dirija e exija aos professores que cumpram a sua função com brio e rigor. Mas todos sabemos de bons e maus profissionais, em todos os sectores. Porém, o conhecimento do trabalho de um professor chega a TODAS as casas de família; o dos outros profissionais só chega a algumas. Estamos por isso, mais expostos ao olhar crítico de todos!

Addiragram fizeste uma síntese perfeita e muito menos emotiva do que a minha. acho que a vou editar. obrigada pela lucidez.

Jacky peço desculpas por ter usado o seu texto sem lhe ter pedido permissão; aqui fazemos todos um pouco isso sem pensar que as palavras ou as imagens de cada um são sua propriedade. Aprendi isso hoje e vou ser mais cautelosa. Se leu o meu texto "balanços" verá a que pais e mães me refiro. Só os pais que não têm amor pelos filhos e que os violentam é que deviam ser proibidos de os deixar nascer, tenho a certeza que partilha comigo essa ideia.

jacky said...

Elipse, obrigada pelo esclarecimento. Não me importo que usem os meus textos sem a minha permissão senão não escreveria na internet. O que me chocou foi a sua conclusão logo a seguir ao link para o meu texto. Posso não ser a melhor professora do mundo e certamente não sou a mãe perfeita mas achei a conclusão bastante excessiva associada ao meu texto.

Não sou contra o esforço nem contra a persistência, apenas acho que há marcação de deveres excessivos em certos dias e alguns completamente descabidos como por exemplo há dias no livro de ciências uma das perguntas dos TPC era: mede o comprimento da perna duma rã. É que não costumo ter umas rãzinhas à mão de semear em casa e penso que a maioria dos portugueses também não para lhes medir as patas. Era a esse tipo de coisas a que me referia.

Acho que tem todos os motivos e mais alguns para andar desmotivada, tanto a nível dos alunos como dos pais, a nível do sistema de ensino como da própria ministra da educação, mas não se deixe levar pelo desespero.

Um beijinho

Elipse said...

jackie, acho que tem razão na associação que fez do link e do meu desabafo; eu é que fui um pouco excessiva, mas estamos todos a reagir emotivamente (professores, pais e famílias) e às vezes não medimos as palavras.

Há dias recebi a avó de um aluno (a mãe trabalha até muito tarde e o pai, se existe, não se sabe dele...) que me dizia que as famílias são acusadas de não darem educação aos jovens mas que na casa dela não era isso que acontecia... e dizia-o com as lágrimas nos olhos, envergonhada por ter de ir à escola depois de eu ter telefonado a comunicar que o rapaz estava embriagado.
De facto, o neto, que acompanha grupos pouco recomendáveis para a sua formação, quando não lhe apetece ouvir as repreensões pelo comportamento perturbador que tem, manda as professoras para o caralho,(espero não ser crucificada por escrever aqui "caralho"), o que chocou uma senhora de 60 anos ao ponto de ficar sem palavras, porque lá em casa ele não o diz!

E é assim... andamos todos a "penar" por uma série de questões que uma das minhas leitoras resumiu muito bem no post acima. Questões que nos "apanham" a todos...

Tenho andado atenta à questão dos "trabalhos de casa", tenho falado com pessoas sobre o assunto para ver se percebo e não falo de cor... porque no secundário os trabalhos têm outro carácter e são dados com prazos largos de execução e no 9º ano (que é o outro nível que tenho) faço por espaçar essa obrigação, mas não deixo de lhes pedir tarefas, nem que seja quinzenalmente.
Mas continuo a dizer que tem de se exigir esforço aos jovens; não podemos querer aligeirar-lhes a vida em tudo. Um dia eles vão ter de saber que há responsabilidades cujo sucesso depende deles.

Anonymous said...

não posso estar mais de acordo contigo, em tudo!! Cada vez mais os pais se abstêm de educar os seus filhos e deixam essa tarefa aos professores. Sei bem do que falas e acho que vais tomar a opção certa.Se tens de lutar, que seja por algo que valha a pena, eu senti esse desinteresse nalgumas aulas onde não se evoluía por imposição da atenção dedicada a outros que a não faziam frutificar; há imensos jovens pelos quais vale a pena continuar a passar diariamente pelo que tu passas, é neles que tens de concentrar-te e dar o teu melhor; sortudo do aluno que te tiver como professora, sabes como ninguém "dourar a pílula" e tornar a História interessante ;-)