Enquanto as pérolas caem das folhas
Depois de uma noite invernosa.
Gostava de saber olhar o dorso de uma nuvem
Ou o levantar de uma maré de Agosto
Sem que os olhos duvidassem.
"(...) não é ofício do poeta narrar o que aconteceu; é, sim, o de representar o que poderia acontecer; quer dizer: o que é possível segundo a verosimilhança e a necessidade" (Aristóteles,Poética)
10 comments:
"Enquanto as pérolas caem das folhas
Depois de uma noite invernosa."
Amanhece a Primavera
em botões de rosa que anoitecem em pétalas
São ciclos, é como a Lua
Duvidamos sempre da outra face, a escondida, mas dai nasce o mistério
Abraços
.....é preciso acreditar que no meio das ruínas, pode encontrar-se uma pérola.....
Kiss
A mancha do poema são dois barcos paralelos à beira do cais, ansiosos por se soltar para o ritmo concreto da aventura. É fina como gume de navalha a separação entre o rumo certo e a deriva. Valerá a pena o esforço da escolha?
Mas sim, há um dúvida no olhar: porque pode acontecer que o olhar veja o que lá está e não o que quer ver.
a realidade sentida de um simples olhar. Gostei da vida que destes à foto! Bom fim de semana!
olha, costumo dizer que onde vivo há frio gelado e calor em brasa, e qdo está frio não acredito que possa haver tanto calor no mesmo lugar onde no momento sinto tanto frio, é como dizes não acredito que haja agosto em dias destes...
(faz as analogias que quiseres!)
gostei, é infinito o sentido
A realidade não é o que está lá, mas aquilo que se vê!
a duvida persistente cansa
mas todos temos as nossas defesas
:-)*
"Gostava de saber olhar o dorso de uma nuvem
Ou o levantar de uma maré de Agosto
Sem que os olhos duvidassem."
...também gostava...
Quem enuncia a beleza,desenha-a.
As pérolas que são o orvalho matinal,
ou as lágrimas de nuvens tristes.
Mas têm sempre uma beleza sem igual,
igual à que está em mim, porque existes...
Beijinhos
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