Saturday, May 15, 2010

saltos em corrida

foto de Elipse

Era para evitar o precipício, nem que fosse no sonho mal dormido.

Acabei sentada no fio dos gumes.

Era para usar sapatos rasos e caminhar serena.

Acabei ofegante na inclinação do plano.

Era para deixar o registo de cada queda.

Sem memórias não podia ceder ao pudor ou estranhar as repetições.

Era para não forçar nada a não ser a salvação.

Arrastei todas as águas e todos os rochedos.

Ao ficcionar corria o risco de apagar as marcas escondendo-me nas páginas como se disfarçasse a identidade.

A consequência é morrer na vertigem por não saber dosear os momentos.



12 comments:

Mónica said...

n morres nada, abre o paraquedas q te pesa nas costas :P

Toze said...

A consequência é morrer na vertigem por não saber dosear os momentos.

Bela verdade!

E bela foto, estás lá :)

Mónica said...

olha o Tozé tb tá com dificuldades em abrir o paraquedas :DDD

Toze said...

tá calada Mo
:))))))))))

Fatyly said...

e a vida não é uma ficção sobre um conto que ao acordarmos é acrescentada uma página? Pois, morrer é algo inevitável e há que saber dosear, planar, saltar as pedrinhas, pedras, pedragulhos. Quando olhares de novo será sempre diferente!

Beijos

Elipse said...

Fatyly não te esqueças que aqui a ficção chama-se Elipse. Ela é a minha criação mas não é EU.

Mo e Tozé... obrigada por animarem!

Claudia Sousa Dias said...

Essa do paraquedas está muito boa!

eu própria terei de seguir a sugestão!

beijo muito grande amiga Elipse!


csd

Mónica said...

a Cláudia é cá das minhas já tinha notado :DDD

Fatyly said...

Eu sei linda Elipse e o que é isto? o Toze a mandar calar? Mo subscrevo hehehehe

mixtu said...

saltar
polar
caminhar
ao fundo... o vale

sentir...

vertigens...

morrer


que bom... descansar...

abrazo serrano

Mónica said...

volta!

mixtu said...

a dosear o meu momento :)

abrazo serrano