Friday, October 10, 2008

Culto muito antigo

Da primeira vez louvei-te os olhos
Se te lembrares ainda soa a minha voz surpresa
Ante a frieza aparente do teu rosto;

Mais tarde apreciei-te a divindade
Mas era em mim que morava a tentação;

Em ti nada sobrava; nada se deixava amar
Embora o fogo vivo dos silêncios
Chamasse o verso musicado do poema.




9 comments:

mfc said...

O inacessível sempre foi cativante.

Claudia Sousa Dias said...

Sim, e há sempre alguém a quem estamos dispostos a adorar...

...mesmo que o não mereça.

Principalmente quando não o merece.

bjs


CSd

addiragram said...

Por vezes, quando se persegue a perfeição, só se consegue encontrar o perfeito gelo.
Mas muito melhor que eu, soubeste tu dizê-lo.

Elipse said...

... e rimaste, addiragram!

Elipse said...

cláudia... não se pode dar sempre!
Um dia começa-se a exigir, quanto mais não seja ... a nossa própria divindade.

Claudia Sousa Dias said...

tens razão...mas sofre-se entretanto,sangra-se por dentro coo aquela rosa que agregaste ao poema do post anterior...

CSD

Toze said...

Sim, da primeira vez louvei-te os olhos, lembras-te ?

;)

Elipse said...

tozé... brincalhão!!!

Maria Arvore said...

E se nada dele sobrava para repartir deixá-lo estar no pedestal que a vida vive-se a renovar o oxigénio. ;)