Deixa ficar como está, não retires nada. Eu não cairia na tentação do relato tão romanceado. Não penso que a chegada ao quarto tivesse sido o momento mais importante da história. Contudo tinha-te sugerido que alongasses a descrição das cenas de amor.
Se captaste o silêncio estás em condições de passar ao momento anterior, imaginando que foi apenas naquele momento que nela se fez aquele alívio e tomou a decisão. É certo que só o que vem depois justifica a ousadia e ambas sabemos que o que vem depois não é necessariamente a recompensa. Foi talvez por isso que a manhã do dia seguinte despertou neles a consciência da escassez do tempo. Isto se permitirmos que a consciência tenha entrada nesta história, sendo que o melhor é deixá-la onde o preconceito lhe dá voz de comando e afogá-los a ambos no mar. A imagem surgiu-me quando ela me descreveu o caminho que fizeram juntos para chegar à praia mas fica bem aqui esta imersão das inquietações.
Não te peço que descrevas o azul do mar; o mar é sempre azul quando o céu está limpo. Mas não deixes de mencionar a tromba obtusa que emergia da transparência das águas. E ela a fugir-lhe, a fugir-lhe.
Neste ponto a protagonista pedir-te-á ajuda. Terás de intervir, poderás até entrar em diálogo ameno para que se percebam as conexões entre o mundo real e o mundo possível. Na possibilidade ela desejaria que tudo começasse e acabasse ali, sem mais espaço nem distância, resolvidos os elos de outros afectos. Na realidade, terás de ser tu a resolver as situações com as palavras. Tu, que escreves.
Se captaste o silêncio estás em condições de passar ao momento anterior, imaginando que foi apenas naquele momento que nela se fez aquele alívio e tomou a decisão. É certo que só o que vem depois justifica a ousadia e ambas sabemos que o que vem depois não é necessariamente a recompensa. Foi talvez por isso que a manhã do dia seguinte despertou neles a consciência da escassez do tempo. Isto se permitirmos que a consciência tenha entrada nesta história, sendo que o melhor é deixá-la onde o preconceito lhe dá voz de comando e afogá-los a ambos no mar. A imagem surgiu-me quando ela me descreveu o caminho que fizeram juntos para chegar à praia mas fica bem aqui esta imersão das inquietações.
Não te peço que descrevas o azul do mar; o mar é sempre azul quando o céu está limpo. Mas não deixes de mencionar a tromba obtusa que emergia da transparência das águas. E ela a fugir-lhe, a fugir-lhe.
Neste ponto a protagonista pedir-te-á ajuda. Terás de intervir, poderás até entrar em diálogo ameno para que se percebam as conexões entre o mundo real e o mundo possível. Na possibilidade ela desejaria que tudo começasse e acabasse ali, sem mais espaço nem distância, resolvidos os elos de outros afectos. Na realidade, terás de ser tu a resolver as situações com as palavras. Tu, que escreves.
6 comments:
andei a ler tudo.
estou a seguir.
gosto imenso como consegues colocar as frases sempre tão ricas.
obrigada pela partilha!
beij
eu...!estou em transe...
CSD
e eu rendida ao fluir da tua escrita optando pelo silêncio.
sim, sim a ordem nem sempre é a que se conta. e por causa disto e daquilo introduz-se a pincelada que não vem ao momento mas até calha bem. e o leitor gosta :D
a consciência e a racionalidade da protagonista são f***** :DDDD mas é de certo isso que lhe dá a graça que tem
decerto?
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