Ela tinha pena que do poço não jorrassem as palavras todas mas agora não podia, o momento era demasiado belo e a força das palavras fechá-lo-ia ao encanto da contemplação.
Foi em silêncio que lhe sentiu a pele fresca e, de olhos fechados, sorveu devagarinho o cheiro a menta.
Foi em silêncio que lhe sentiu a pele fresca e, de olhos fechados, sorveu devagarinho o cheiro a menta.
As estrelas agitaram-se ao som da voz que entoou as sílabas onduladas da canção.
Depois nasceu o dia.
Depois nasceu o dia.
8 comments:
Não sei por onde começar...se pelo texto sugestivo e carregado de significados se pela foto que utilizas para este post.
Acho que me remeto para a conveniência do silêncio...
Fiquei seduzido pela amálgama de sentimentos a que me transportastye.
O espectáculo duma alvorada é demasiado belo para que possa ser traduzido em palavras. Só o silêncio e a contemplação são permitidos...
É isso mesmo: contemplar e sentir, mais do que falar.
Há momentos que não são precisas palavras.
Uma foto que me tocou muito, porque de repente recordei o deserto de Moçãmedes.
Há momentos que pedem que o dia não nasça...
Contemplo-te. Em silêncio. Para sorver as tuas palavras.
Mmmmm...até senti o perfume!
Um beijo
CSd
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