A maria_arvore sugeriu-me a selecção dos 10 livros que ajudaram a estruturar esta que hoje sou.
Antes de os enumerar tenho de dizer uma coisa que não é exclusiva do meu sentir: os livros marcam-nos consoante a idade que tínhamos quando os lemos, havendo alguns relativamente aos quais nos perguntamos, uns anos depois, "como foi possível que eu tivesse lido aquilo"? Por outro lado, deve ser difícil a cada um de nós eleger apenas dez...
Aqui vão aqueles de que mais me lembro...
1. A Náusea, de J. P. Sartre, lida por volta dos 14-15 anos, quando me perseguiam as primeiras crises existenciais, ainda antes de certos pensamentos terem nome;
2. A um Deus desconhecido, de J. Steinbeck, pela mesma altura, quando procurava desesperadamente entender a crença e incorporá-la;
3. O Doutor Jivago, de B. Pasternak, há muitos anos, porque já me interessava pela História mas sobretudo pela surpreendente entrada no labirinto dos sentimentos;
4. Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes, numa altura em que ainda não sabia que o neo realismo era literatura datada; apenas lhe sentia o gosto, acompanhado pelo sentimento de revolta;
5. As Brumas de Avalon, de M. Zimmer Bradley, a alimentar-me as fantasias...
6. O Nome da Rosa, de Umberto Eco, em leitura compulsiva, num fim de semana em que até me esqueci dos filhos...
7. A Obra ao Negro, de M. Yourcenar, como testemunho exímio de uma época, escrito com o coração e com o saber de uma das melhores escritoras de todos os tempos;
8. Era bom que trocássemos algumas ideias sobre o assunto, de Mário de Carvalho, numa feliz descoberta de uma poderosa arte irónica;
9. A Costa dos Murmúrios, de Lídia Jorge, construção ficcional perfeita, o romance dentro do romance e a vida vista por dentro e por fora, com a inversão de todas as regras como caminho necessário à escrita de uma obra-prima; e depois também O Cais das Merendas, O dia dos Prodígios, O Vale da Paixão e mais recentemente Combateremos a Sombra. Escrita indispensável ao meu crescimento literário; mas também visão crua, farpa infalível cravada na realidade que não escapa aos olhos e ao coração.
10. A Casa e o cheiro dos Livros, de Maria do Rosário Pedreira, poesia para ler a toda a hora;
... e todos os livros daquela poesia que me enche a alma...
Aqui vão aqueles de que mais me lembro...
1. A Náusea, de J. P. Sartre, lida por volta dos 14-15 anos, quando me perseguiam as primeiras crises existenciais, ainda antes de certos pensamentos terem nome;
2. A um Deus desconhecido, de J. Steinbeck, pela mesma altura, quando procurava desesperadamente entender a crença e incorporá-la;
3. O Doutor Jivago, de B. Pasternak, há muitos anos, porque já me interessava pela História mas sobretudo pela surpreendente entrada no labirinto dos sentimentos;
4. Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes, numa altura em que ainda não sabia que o neo realismo era literatura datada; apenas lhe sentia o gosto, acompanhado pelo sentimento de revolta;
5. As Brumas de Avalon, de M. Zimmer Bradley, a alimentar-me as fantasias...
6. O Nome da Rosa, de Umberto Eco, em leitura compulsiva, num fim de semana em que até me esqueci dos filhos...
7. A Obra ao Negro, de M. Yourcenar, como testemunho exímio de uma época, escrito com o coração e com o saber de uma das melhores escritoras de todos os tempos;
8. Era bom que trocássemos algumas ideias sobre o assunto, de Mário de Carvalho, numa feliz descoberta de uma poderosa arte irónica;
9. A Costa dos Murmúrios, de Lídia Jorge, construção ficcional perfeita, o romance dentro do romance e a vida vista por dentro e por fora, com a inversão de todas as regras como caminho necessário à escrita de uma obra-prima; e depois também O Cais das Merendas, O dia dos Prodígios, O Vale da Paixão e mais recentemente Combateremos a Sombra. Escrita indispensável ao meu crescimento literário; mas também visão crua, farpa infalível cravada na realidade que não escapa aos olhos e ao coração.
10. A Casa e o cheiro dos Livros, de Maria do Rosário Pedreira, poesia para ler a toda a hora;
... e todos os livros daquela poesia que me enche a alma...
... e agora? Onde ponho os Eças, particularmente Os Maias e A correspodência de Fradique Mendes, numa analogia perfeita com os nossos dias. E o Fernando Pessoa? E os outros?
E agora passo o desafio a todos os que gostam de livros...
9 comments:
Também li esses livros, quase todos...
Para além dos "obrigatórios"...
Bfs, beijinhos.
Fico contente por ter lido metade dos teus livros de cabeceira!
Bela escolha de autores e obras.
Na verdade é tarefa dificil a escolha limitada.
Tens muito bom gosto...
Beijo grande
CSD
Para além dos obrigatórios, li cinco dos que referes e hoje já tentei ler alguns dos obrigatórios e não consigo:)
As dez coisas que em dez livros são cem; vou usar a ideia como forma de regressar em linha
Desculpa-me o atraso tão contrário à tua rapidez mas valeu a pena saber que lemos os mesmo livros. :)
Confesso é que no Doutor Jivago nunca toquei, shame on me.
Livros que lemos e permanecem vivos na nossa memória...Abraço
Gostei muito deste teu post em que a Maria te desafiou. Pena é que nenhum dos comentários, tenha aceite o teu desafio !!!
Vou-te roubar o post !
Tenho uma enorme dificuldade em escolher os 10. Mas a verdade também, é que nenhum livro me ajudou a estruturar aquele que hoje eu sou !!!
E leio bastante Elipse !!!
Um Beijo
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