Tudo começa quando o rei D. Manuel, para satisfazer os «escrúpulos religiosos» de D. Isabel – a noiva castelhana filha de Fernando e Isabel, os Reis Católicos – decide expulsar os judeus do território nacional.
Os cronistas relatam pormenorizadamente a questão da expulsão, descrevendo os pareceres – que o próprio monarca pediu – divididos entre os que eram favoráveis à permanência dos judeus em Portugal e os que defendiam a sua expulsão.
Diziam os primeiros que se o papa permitia a permanência deste povo nas suas terras, tal como o permitiam a Hungria, a Boémia, a Polónia e a Alemanha, por que não seguir-lhes o exemplo? A expulsão levá-los-ia directamente para o norte de África onde a esperança da conversão se perderia e, pior do que isso, onde eles iriam ensinar aos mouros os “truques” a usar contra os cristãos. De igual modo o rei perderia serviços e tributos e o reino perderia talentos.
Diziam os segundos que se a França, a Inglaterra, a Escócia, a Dinamarca, a Noruega e a Suécia os expulsaram e sendo Portugal vizinha de Castela e de França, corriam-se sérios riscos de se verem prejudicadas as relações com estes países. Por outro lado as vantagens, tendo em conta os tributos e os serviços que podiam prestar ao reino, eram menores que os riscos que se corriam.
Tomada a decisão, no início de Dezembro de 1496 o rei determina: “que os judeus se fossem do reino, com suas mulheres e filhos e bens, mas também os mouros pelo mesmo modo", para que lhes limitou o tempo e lhes nomeou os portos de embarque.
Os cronistas relatam pormenorizadamente a questão da expulsão, descrevendo os pareceres – que o próprio monarca pediu – divididos entre os que eram favoráveis à permanência dos judeus em Portugal e os que defendiam a sua expulsão.
Diziam os primeiros que se o papa permitia a permanência deste povo nas suas terras, tal como o permitiam a Hungria, a Boémia, a Polónia e a Alemanha, por que não seguir-lhes o exemplo? A expulsão levá-los-ia directamente para o norte de África onde a esperança da conversão se perderia e, pior do que isso, onde eles iriam ensinar aos mouros os “truques” a usar contra os cristãos. De igual modo o rei perderia serviços e tributos e o reino perderia talentos.
Diziam os segundos que se a França, a Inglaterra, a Escócia, a Dinamarca, a Noruega e a Suécia os expulsaram e sendo Portugal vizinha de Castela e de França, corriam-se sérios riscos de se verem prejudicadas as relações com estes países. Por outro lado as vantagens, tendo em conta os tributos e os serviços que podiam prestar ao reino, eram menores que os riscos que se corriam.
Tomada a decisão, no início de Dezembro de 1496 o rei determina: “que os judeus se fossem do reino, com suas mulheres e filhos e bens, mas também os mouros pelo mesmo modo", para que lhes limitou o tempo e lhes nomeou os portos de embarque.
11 comments:
A tolerância por si só é sempre benéfica e a intolerância realmente pouco mudou a postura de muitos "armados em reis" não arranjam portos de embarque mas com um tiro resolvem a questão.
A nossa história, ou a história universal é rechedada de coisas negativas e ninguém aprendeu com os erros.
Gostei desta lição.
Venho aqui e aprendo mais umas coisas.
Mas, há algo que se confirma e que permanece imutável:os jogos de interesses que se perfilam nas decisões políticas.
Os interesses... sempre os interesses!
o que o homem n faz para agradar à mulher :P
O poder tenebroso dos dogmatismos.
Intolerância é proibir a liberdade aos outros, mas isto não garante a sua própria liberdade .
Concordo com alfacinha-belga.
A verdadeira tolerância consiste em tolerar o intolerável - disse alguém.
Só que os judeus, foram o cerne do desenvolvimento de Portugal.
E pior, eles não foram para o norte de àfrica, foram para a Holanda, pelo menos aqueles que ajudaram a desenvolver os Descobrimentos.
A Holanda poucoa anos mais tarde, torna-se a Rainha dos Mares.
Não foi/é só uma questão de tolerância, foi o princípio do declínio de Portugal como nação.
Saiu o tiro pela culatra, aos interesses.
Ganâncias...
maria faia, eles também foram para o Norte de África, mas tens razão, a Holanda ganhou... e não foi pouco... com a presença da Inquisição em Portugal.
É o que dá pensar com o órgão que não raciocina!
CSD
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