Monday, October 08, 2007

Eslovénia





É de facto um país pequeno e pouco populoso – um pouco mais de 2 milhões de habitantes, estando cerca de 1 milhão e meio na República da Eslovénia e os restantes dispersos como minorias nas regiões fronteiriças com a Itália (Friuli-Venetia Giulia e Trieste), com a Áustria (Carinthia), Hungria (Porojabe) e Croácia.
Resultado de um longo processo histórico cujas últimas mudanças ocorreram em 1991 – quando se tornou um Estado independente – e em 2004, quando se torna parte da União Europeia, a Eslovénia é uma surpresa para quem, como nós, se habituou a ter apenas uma fronteira a leste. Aqui o resto é mar e é no mar que está parte da nossa História. Lá, há toda uma riqueza de influências que são o resultado de movimentos sucessivos de povos e do cruzamento de ideias e culturas diferentes.
Foi tardio, ali, o despertar da consciência nacional. O peso do Império Áustro-Húngaro foi longo e só depois da Primeira Guerra Mundial surge um esboço de projecto político.O papel das minorias? Grande, porque foi das comunidades que viviam no exterior deste espaço que veio a força organizativa que visava impedir o extermínio da etnia eslovena pela Jugoslávia federal. Ocupação militar e depois tentativa de neutralização da língua foram as estratégias tentadas mas a resistência surtiu efeito e hoje não é só no solo pátrio que os eslovenos o são: são-no também nas regiões fronteiriças onde, apesar de minoritários, a língua, os costumes e o direito de se ser esloveno está consignado na lei.
E depois é surpreendente como uma cidade pequeníssima (Maribor) tem uma Universidade tão grande e tão organizada e tão cheia de departamentos de tudo e mais alguma coisa. Para não falar no teatro e na ópera e nessas coisas que não estamos habituados a ver funcionar entre nós.
Cansada da distância, mas mais rica depois de ter lá estado.
E sim, correu tudo muito bem!



9 comments:

mfc said...

Senti esse nacionalismo...
E não haverá uma contradição entre a construção europeia, que no meu entender terá que passar por um federalismo, e esse exacerbar dos nacionalismos??

Elipse said...

não me parece poder falar-se em nacionalismo exacerbado. Se deixei passar essa ideia não foi de propósito: referia-me a um momento da História em que ele teve o seu papel.
E... ainda que com todos os federalismos, é bom que cada unidade não se dilua num todo...

Mónica said...

acho piada às cores arrocheadas da ponte :P

Mónica said...

arroxeadas

addiragram said...

Viva! Em primeiro lugar pelo " tudo correu bem";depois, pelas notícias que trazes desses lugares, para mim, completamente desconhecidos...Metendo-me no problema que levantas parece-me que qualquer resistência a um domínio violento passa por uma pela necessidade vital de afirmação da identidade de uma forma mais vincada...e só depois dessa identidade aceite e consolidada poderá haver uma maior abertura às restantes influências...
E o prazer de encontrar uma cidade
com uma vida científica e cultural rica traz uma enorme satisfação!

jakim said...

Bah! Tive haver no guglârte e nãe tãeãe um extádio de futebol digueno deçe nome! Catrazo de sevilezassional!

SoNosCredita said...

gosto da luz, plo menos nas fotografias!

Vanessa Gil said...

Boas fotos..com cheirinho a história =D

bjnhs****

Claudia Sousa Dias said...

Que inveja!


CSD