Thursday, June 07, 2007

olhos de ver camomilas



Dá-me, menina, os teus olhos
que os meus ficaram fechados
no lado de lá do tempo

e dá-me a cor dos teus passos
nas escadas do futuro

e a força viva que trazes
agarrada aos pensamentos

e mais a garra que imprimes
à paleta dos teus sonhos

dá-me, menina, o sentido
de sentir-te menos triste
depois dos dias cinzentos




11 comments:

CNS said...

Que delicados são estes versos, tão pouco cinzentos...

mfc said...

Quem assim vê, não precisa de outros olhos!

Maria Arvore said...

Uns olhos assim descritos são bom tempo em qualquer dia. :)

addiragram said...

Há poemas que confortam
que aquecem
que beijam;
há poemas que desenham
ternura
onde ela está;
há poemas que saltam
para a rua da vida;
há poemas-abraço
há poemas-poemas.

AC said...

Passei para repousar do cinzentismo, (este inicio de "verão" está a ser doloroso na Blogosfera) e não me defraudas-te.

Obrigada, parabéns e um beijo.

Erecteu said...

Dou-te os olhos todos e ouvidos também.

peciscas said...

Estou um bocado como o Manel.
Todo nós temos cá dentro os tais olhos de criança. a que temos de recorrer, de vez em quando.

Fatyly said...

Um poema sentido que me animou a alma! Lindo!

Beijos

ivamarle said...

...se fosse só o cinzento dos dias a entristecer-nos, bastar-nos-ia realmente, a cura de um dia radioso...

deep said...
This comment has been removed by the author.
deep said...

a leveza de um sentimento delicado..gostei muito