Wednesday, May 09, 2007

pormenores


pontas de fogo em caules frágeis dia-sim-dia-não
pode ser pouco
mas quando o tempo cai sobre as vontades esmagadas
(des)arruma-se a vida
e ofende-se com a esperança dos olhos,
o brilho,
à superfície das águas;

por estes dias vi (des)focar-se a paisagem
e, debruçada sobre mim,
desenhei a vermelho um sol sobre os riscos das feridas.

13 comments:

peciscas said...

É precisamente o sol quem pode curar muitas feridas...

-pirata-vermelho- said...

Outra vez a alma de poeta a mostrar a alma dolorida?

Belo escrito, elips'amiga.
Beijos

Anonymous said...

É.

os altos e baixos estragam muita coisa.

mfc said...

A vida lê-se como um livro. Vamos virando as páginas uma a uma, tentando descobrir o fim da da história... mas há sempre mais um amanhã para ser lido!

Boop said...

Elipse...
Mostras de forma tão bela o querer e não querer, o ser e não ser.
Mas é um sol que desenhas sobre as tuas feridas.
Um sol - pai
Um sol - ordem
Um sol - estruturante
(é o que te ajuda a focar e arrumar a vida)

;)

Bj

psique said...

o sol alimenta...

Fatyly said...

e são esses círculos radiosos desenhados pelo tempo que nos dão o equilibrio no presente.

addiragram said...

Agarramos em nós as forças maiores...Elas nos conduzem ao futuro!

Claudia Sousa Dias said...

Belo!

Forte!

Indomável como a dor mais desesperada.

De desesperança.

CSD

J25 said...

As feridas aparecem para serem cicatrizadas. O dificil não é suportar a dor que provocam, mas encontrar o antídoto que as curem...

Erecteu said...

Belas! Assim em linha de pauta sabem a música.

ivamarle said...

há muitas formas de cicatrizar a alma...

beijinhos;-)

Claudia Sousa Dias said...

Sangue sobre a neve...

CSD