hoje igual a ontem
amanhã igual a hoje
mesmo que as palavras sejam outras
ou os gestos possam ter a novidade da diferença.
tenho pena de já ter passado tanto tempo.
e o mar ali tão perto, a ficar para sempre
amanhã igual a hoje
mesmo que as palavras sejam outras
ou os gestos possam ter a novidade da diferença.
tenho pena de já ter passado tanto tempo.
e o mar ali tão perto, a ficar para sempre
mesmo quando eu não estiver aqui.
invejo a permanência das coisas como se a culpa fosse delas
invejo a permanência das coisas como se a culpa fosse delas
é duro saber que tudo fica…
10 comments:
escreves primorosamente bem e fizeste-me pensar!
Beijos
Não te espantes.
Acontece-nos a todos.
O carro de guerra apareceu tarde e marcou a fronteira entre o iluminismo e a obscuridade - delimitou o combate do primata e anunciou a estratégia; permitiu e reparou o que somos.
Trata-se de um elemento subestimado na evolução da cultura a ocidente do India e a sul da Escandinávia. Então, ainda não existia o conceito de globo...
Pre!
'preparou o que somos'
Queria eu dizer...
(desculpa)
E devia ser um desperdicio ter pena enquanto se está...
não podemos
agora
deixar que o gelo
sobreviva:
vai
ser
verão...
*
as coisas...isso não me preocupa nada.
Tudo menos nós
...eu acrescentaria: sem nós...
A tua poesia e a de Anthero Monteiro têm a mesma de uma beleza crua e desesperada...
Um grande beijinho
CSD
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