Monday, December 18, 2006

Lá onde nunca estiveste é que está a sorte...



“Dort wo Du nicht bist, dort ist das Glück.” (Goethe)

Atravessar as fronteiras é coisa que os gregos já faziam e o seu estatuto não era muito diferente daquele que têm hoje os cidadãos estrangeiros: chamavam-se “metecos” todos aqueles que vinham de outra cidade-estado, sem que a mistura alguma vez fosse possível.
Os germânicos, esses levaram a tarefa mais a sério e acabaram por dar início ao processo do nascimento da Europa, depois de destruído o Império Romano.
A fixação de um povo, em massa, num determinado local, muda (quase) tudo: os Normandos formaram a França, os Ostrogodos o espaço italiano, os Visigodos andaram por aqui na mistura da qual nós resultámos, os Saxões arranjaram o seu espaço para lá do Canal da Mancha… enfim… a Europa foi-se “fazendo” e depois desfazendo e refazendo.
Há dias a polémica das fronteiras deu para o “torto”, na Bélgica, quando a parte flamenga brincou em directo com a declaração unilateral de independência da Flandres.
Ontem sobreviveram 25 dos cento e tal senegaleses que se aventuraram em direcção às Canárias, numa jangada.
As migrações são tão velhas como o primeiro homem, são parte da História, são, aliás, um elemento da História trans-nacional. As razões são várias, não sei se as conseguimos enumerar: exílio, trabalho, perseguição política ou religiosa, busca… busca daquele lugar em que não se está, aquele lugar onde mora a sorte.
Os primeiros a chegar não se questionam: nunca vêm para ficar, talvez voltem, quem sabe. Depois têm filhos e os filhos aprendem a língua, fazem amigos, integram-se na escola. São estes que se perguntam: “quem sou eu?”; “serei desta terra ou de uma outra que os meus pais têm como referência?”. São estes que se fragmentam entre dois mundos, não sabendo se a sua identidade está aqui ou lá: se está lá o que fazem aqui? E se está aqui, por que não podem ter e ser o que os outros têm e o que os outros são?

A questão que deixo é esta: como é que estes movimentos migratórios lidam com a identidade histórica de um povo?


21 comments:

wind said...

Não lidam!
E prova disso são os filhos.
Dou exemplos de cá: um adolescente de descendência africana é Português.
Mas, e o raio de haver sempre um mas, os brancos chamam-lhe preto e para ele ir para a terra dele.
Aí o "preto" junta-se a outros "pretos" e formam-se os gangs.
Isto tudo para chegar ao que questionas: o "preto" não é de Angola e, e não se sente português, porque há o racismo e a xenofobia, logo não encontra a sua identidade.
Foi só um exemplo dos muitos que poderia dar:)
beijos

Fatyly said...

Para além das razões invocadas, 80% das migrações deve-se à guerra.
Falo por mim e pelo que senti - a não aceitação do povo da metrópole dos milhares que fugiram de Angola - factor que não senti no Brasil e por amigos meus onde foram acolhidos e integrados em muitos outros países.
Como todos sabem foi tudo mau, uma descolonização das piores narradas pela história. Claro que sou absolutamente contra pelo que os "retornados" (conotação depreciativa) fizeram nos hotéis e afins, mas isso é outra história. Nunca tive nenhuma ajuda monetária do Estado porque fiz-me à luta até ser integrada na banca.
A wind exemplica primorosamente o factor porque "não lidam"! Os pretos nascidos em Angola e que sairam eram portugueses e por cá tiveram filhos que são portugueses, mas se eu que sou branca oiço constantemente então quando regressas? e inclusivé em tempos passados que vim tirar o "trabalho" aos filhos dos de cá!
Mais, apesar da péssima informação que tivemos, eu sabia e tratei dos papéis assim que cheguei, ajudei muitos a fazerem o mesmo nos ditos Registos Centrais! Mas muitos, infelizmente por pura ignorância, não o fizeram e expirou o prazo sem qualquer informação adicional e os milhares nascidos após...formam o grosso do "bico de obra" dos não legalizados.
Quem não procura a sorte, quando a sua sorte é ver a MORTE pela frente? julgo que brancos, pretos, mestiços, amarelos, vermelhos têm algo em comum: o cú, que esse sim é diferente e varia nos sucessivos governantes e estão agora à rasca? claro que sim, porque apesar de eu nunca ter perdido a minha identidade - sou portuguesa SIM SENHORA e com muito orgulho - sinto-me por vezes uma carta fora do baralho, sobretudo quando apresento o meu BI - natural de Angola, nacionalidade portuguesa e o habituê...olhar de cima a baixo!!!
Fico doente quando falo nestas coisas, porque problemas graves debatidos em mesas redondas, colóquios e afins, tomam-se medidas acertadas mas que jamais passam do papel!
Portugal nisso é dos piores da Europa embora agora esteja um pedacinhinho melhor!
Quem é ladrão na sua terra natal é em qualquer parte do mundo, mas quem é trabalhador e honesto deveria ser bem recebido, como nós exigimos que nos recebam bem lá fora!
E já falei demais! Desculpa elipse!
Beijos

Fatyly said...

Só mais isto: uma filha nascida lá mas saiu com 7 meses e outra nascida cá, a de lá nunca teve problemas de identidade e não troca Portugal por outro país!

Maria do Rosário Sousa Fardilha said...

O Eça escreveu um livro que se chama "A Emigração como força civilizadora", devias lê-lo, o próprio título enuncia o principal pressuposto.

No início do século passado, quando os primeiros fluxos migratórios organizados por Estados começaram a ocorrer, este homem viu mais longe do que nós. Não se pode já falar de identidade, mas de identidades. O cidadão que nunca saiu do país e o que emigrou têm referências distintas de identidade.
O esforço de integração supõe a "sujeição" a um processo de aculturação. Mas a identidade original reflecte-se nos seus comportamentos e olhar, o que marca a sociedade e a cultura do país de destino. Quando o número de imigrantes é grande, é legítimo recear a perda da "identidade histórica"? Para além dos aspectos económicos, essa é uma questão da ordem do dia. A França, por exemplo, balança. A equipa de futebol campeã em europeus e mundiais foi utilizada politicamente para defesa de um novo rosto. A França também era o Zidane e sentia orgulho. Mas Le Pen chegou à Segunda Volta das Presidenciais (actualmente os seus scores eleitorais voltaram a descer, mas só porque Sarkozy fez suas as causas da extrema direita).

Lembro-me de um estudo sobre imigração. Os portugueses eram tidos como o povo mais bem "integrado" em França. Não havia conflitos religiosos, os filhos falavam francês (e poucos português), assimilavam rapidamente (até) os hábitos alimentares franceses. Não, não é este o modelo que considero legítimo. Mesmo se é cómodo. O problema é que parece ser difícil tolerar. A manutenção das identidades exige tolerância. O esforço é esse. E é um desafio. que poucos sabem gerir.

(ironia: com a globalização, o que serão as referências históricas de identidade, daqui a umas décadas?)

Hipatia said...

Os exemplos mais recentes - especialmente o que colocam essa questão às diferentes comunidades árabes - não têm sido particularmente favoráveis, não é?

mfc said...

Só através de uma forma... aceitação e assimilação.
Não vejo outro caminho.

Elipse said...

assimilação?
com a globalização (as notícias de todo o lado estão na nossa casa a toda a hora) as comunidades de emigrantes continuam ligadas aos seus países; não é como dantes, quando os portugueses em França ou na Alemanha aguardavam a carta com a fotografia dos filhos, que iam crescendo.
Não me parece que a assimilação se faça. No trabalho, sim, eles integram-se. Nos hábitos, às vezes.
O mundo está feio: a Hipatia tem razão no que toca às comunidades árabes. Estamos muito xenófobos, muito amedrontados, muito preocupados com os nossos postos de trabalho (e, no entanto, nenhum de nós se vê a trabalhar em determinadas actividades, o que é sinal de civilização e progresso, diz a ironia...)
Diziam-me há dias que a Europa precisa de não ter produtividade para que outros continentes continuem a sujeitar-se-lhe. Pode ser que sim...

Anonymous said...

Agradeço-te a visita e em particular a opinião expressa.
Não me alongarei, aqui, por entender que seria abusivo da minha parte u tilizar este espaço para o fazer.
Fica renovado o meu sincero agradecimento.

Anonymous said...

Identidade, sentido de posse e de legitimidade, são questões controversas.

Recuando um pouco mais, o homem começou a sedentarizar-se no Neolítico. Aí começaram alguns problemas: passou de colector a produtor, gerou excedentes, fraccionou-se em classes, definiu a propriedade, hierarquizou funções, estabeleceu as trocas, submeteu-se a regras cada vez mais complexas...

É uma hipocrisia da mais elevada falta de sensibilidade afirmar que todo o cidadão é obrigado a conhecer a lei sob pena de ser punido em caso de incumprimento.

Que justificação há para impedir que, quem quer que seja, procure um espaço para viver? Os humanistas no sec. XVIII gritavam pelo direito dos povos se constituírem livremente em nações; os mercantilistas na mesma época clamavam pelo "deixar fazer, deixar passar" preocupados com os tributos ao estado.

O neo-liberalismo deslocaliza sem remorsos afirmando a ideia de que o capital não tem pátria.

A democracia burguesa está falsamente assente na existência de partidos, quando na verdade é dominada por grupos económicos que se apoderam dos meios de expressão por forma a manipular a opinião.

Estou para aqui a debitar bitaites sem ser capaz de encontrar alternativa(s) mas na verdade o choque cultural será favorável ás maiorias, e eu sei onde reside a maior taxa de natalidade.

Estrategicamente, por exemplo, os Árabes ou muçulmanos, em França, deveriam estar uns anitos sossegados, depois, quando lá estivessem mais uns três ou quatro milhões, conversavam "connosco" um pouco mais à vontade.

Não querem assim? Dêem condições para que o Norte de África e o restante mundo seja tão apetecível como a Europa, a não ser que prefiram fazer um muro como os da fronteira México/EUA ou por outras razões como o fazem os Israelitas.

Elipse said...

lidamos bem com a História Erecteu! :)

Dar condições aos "desfavorecidos" (ai a palavra... que mau uso, aqui), implica igualizar... e um mundo de gente igual a toda a gente seria uma catástrofe do ponto de vista da economia global.

Estou a advogar o diabo, atenção!!!
Quando os chineses tiverem um carro por cada membro da família, como os europeus, o planeta deixa de ser sustentável. A Europa, velha e maquilhada, precisa de continuar a mandar.
Precisa?
Há tanta coisa em jogo.
Tudo isto é um jogo, aliás!
Os navios negreiros começaram a delapidar a África no séc. XVI. Agora são as jangadas a afundarem no Atlântico, como se a história fosse um contínuo que pende sempre para o mesmo lado!
Costumo falar muito de miscigenação aos meus alunos. Ultimamente começo a dar conta de uma reacção a essa ideia (ou a essa realidade): aos poucos as gerações mais jovens estão a ficar intolerantes.
Não estou a afirmar que não o eram antes... mas a segunda metade do século XX foi tão promissora!

Elipse said...

fatyly, todas as descolonizações foram problemáticas, mesmo aquelas que foram feitas a seu tempo e com (mais) calma. Aliás todas as mudanças são problemáticas, até as da nossa vida ou a começar por essas.
É natural e normal que te queixes daquilo que te doeu e dói e te perturbou a vida, embora sejas mulher de lutas e isso acaba por ser a salvação da existência; vi muita gente sucumbir ao desânimo e tu também viste, certamente. São coisas que deixam marcas.

E... não posso deixar de referir uma coisa a que todos estamos a assistir através daqueles que nos manipulam diariamente quando nos apanham sentados nos soufás, pela noite dentro: as reportagens de assaltos ou outros desacatos que por aí vão acontecendo focam os indivíduos de raça africana que estão implicados e só esses; normalmente poupam os outros, os que estão protegidos pela cor branca da pele. Talvez porque uns estão mais em casa do que outros!!!
Era bom que conseguíssemos deixar a nossa cabeça funcionar sem a pressão mediática dos que nos querem manobrar.
Por mim deixei de ver os telejornais desde que lá puseram comentadores para me explicarem o conteúdo das notícias (ou antes, dos "fait-divers", porque notícias há poucas). É que ainda consigo pensar sem ajuda.

Wind, os desamparados, os segregados, os marginalizados têm a tendência para se juntarem, como a gente se junta a quem tem mais coisas de comum connosco. Já vi actuações de gangs, à porta da escola, constituídos por gente branca, branquinha. Por que se juntam? Boa pergunta: ou é porque consomem do mesmo, ou porque disputam as mesmas miúdas (disseram eles), ou porque, tal como os africanos, não vêem nada no futuro que lhes dê segurança. Mas isso é outro assunto ligado ao futuro de quem não vai arranjar emprego nas próximas décadas... a não ser que seja brasileiro ou ucraniano ou moldavo... e aceite trabalhar por metade do ordenado mínimo, mesmo sem "papéis"...

Anonymous said...

Alinhemos palavras e ideias:
Os países desenvolvidos DÃO, dão é menos do que sacam.

Interferem na organização de outros países preocupados com direitos, garantias, liberdade ou democracia.

.Apoiam personalidades que mais tarde se vêem obrigados a derrubar.
.Quioto é só para alguns?
.Nuclear não mas eu é que não abdico dele? Hiroshima meu amor, foi um equívoco que não se repete?
.O que importa umas centenas de hospedados em Guantanamo, sem acesso à justiça, se isso impede o sofrimento de muitos mais?

Tenhamos juízo; e JUÍZO é não nos perdermos em rodriguinhos que nos deslumbrem com porcarias que valem menos que um caracol.

Beijocas

~pi said...

não consigo entrar em tão longas argumentações-exposições.
os de cá vão pra lá, os de lá vêm pra cá. nunca se sabe ao certo nem completamente porquê. há as razões directas, fome, guerra, perseguições. e as outras.

inquietação. certamente também por imaginarmos que TUDO está SEMPRE do outro lado(queremos estar onde não estamos?).as pessoas movem-se, farejam, e o que encontram nunca é o sonho que tiveram.

e há sempre muitos que não aceitam a chegada de outros. por muito que tragam, esse trazer é feito invisível na defesa de obscuros mitos.

e depois há os espertalhões que arpoam os que chegaram e os utilizam em toda a linha, para todos os efeitos possíveis. pela casa e comida. sem voz.

perversamente. uma imensa e repetida história. o que se pode fazer é sempre pouco, pouco demais. historicamente, individualmente, aprendemos pouco, estranhamente pouco...

fixei-me mais na tua tradução do goethe, pareceu-me poeticamente completa.

beijos

Anonymous said...

Vida é, antes de outra coisa, movimento. Os humanos têm a mais complexa das formas de vida que conhecemos. Para o bem e para o mal. As 'civilizações', seja isso o que for, construíram-se através da contradição umas vezes e da adição na maior parte delas. Por razões biológicas, talvez, as nações que se isolam acabam por definhar e morrer. As 'civilizações' que se tornam demasiado volumosas acabam por ruir com o próprio peso. A península Ibérica foi alvo de invasões várias ao longo da história, como terá sido ainda mais na pré-história. Nos últimos mil e tal anos essas migrações que supomos volumosas deixaram de ocorrer. O próprio condado portucalense foi já construído com linhagens envelhecidas. O único sangue novo era o árabe que tinha ficado no sul. Desde então não houve mais miscigenação em grande escala. Talvez isso explique a sensação dos professores terem na sua frente turmas inteiras de mentecaptos: uns ainda selvagens e outros já roidos pela decadência genética. Mil anos de consanguinidade deram nisto: um povo que só se move com ajuda de mitos e de químicos, ansioso por comprar mais um objecto para amparar a demência. Orgulhosamente só e ansioso por fugir daqui. Há aves que migram todos os anos milhares de quilómetros obedecendo apenas ao rumor interno da história da espécie. Os humanos, devido à razão, não têm como escutar vozes genéticas. Movem-se só pelo desgosto. Por não estarem bem no lugar onde nascem.

Elipse said...

... e fomos parar a "um povo que quer comprar mais um objecto para amparar a demência". Um povo em "decadência genética".
Há, contudo, quem saiba ainda usar a ironia para sobreviver.
Brilhante final para uma questão que gostei de ver alimentada pelas vossas opiniões.
Obrigada a todos.
Transformo em post este final?

Só não o faço para não chamar aqui discursos "miserabilistas" (desculpem a expressão) que acentuem a nossa pequenez. Era sobre isso que eu, pelo menos, seria levada a escrever. E é bom contrariar essa tendência, não?

Anonymous said...

As migrações são de todos os tempos, fizeram-se e como tão bem disseste a Europa assim foi construída.
A identidade histórica dum país não é imutável, vai-se construindo, portanto, penso que as migrações se continuarão a fazer e que modificam o país onde estiverem, mas também mudarão elas próprias.
O dado novo e que tudo vem por em causa é o terrorismo.
Inglaterra é a prova que mesmo quando se pensa que se fez bem a integração se pode estar enganado.
Penso que estamos a querer ver o futuro com pouco tempo de experiência.

K. said...

E nós, que somos os pais da emigração tal como ela é conhecida hoje em dia?

Claudia Sousa Dias said...

Cara Wind: observo isso no dia a dia quando vou almoçar a uma escola profissional e os alunos de origem africana se juntam todos a um canto e falam crioulo e são olhados de lado pelos portugueses brancos...

Para tiElipse obrigada por mais um post brilhante!

Um abraço

CSD
CSD

Agreste said...

queria dizer qq coisita pq este post me pôs a pensar mas a pergunta é dificil. parece-me que qq contacto entre "diferentes" provoca efeitos, prefiro valorizar as vantagens, ou há alguém que possa dizer q ficou na mesma dps de ter contacto com "diferentes"?

já deviamos ter aprendido com a história e com a geografia que não estamos sós no mundo por isso há que receber e ir conhecer os outros. o tempo encarrega-se de corrigir os males e promover as adaptações, faz parte da evolução da espécie.

adoro viajar para poder ver como é nos outros lugares, acho que ganho/absorvo sempre alguma coisa e ao mesmo tempo apercebo-me da minha identidade.

Agreste said...

às vezes apetece-me fazer "movimentos migratórios" :-)

prometo que respeitarei a identidade dos outros mas provavelmente não deixarei de tentar impingir-lhes a minha...ou vice-versa???

Anonymous said...

A identidade de um povo perde-se quando é aniquilado por outro.
Hoje na Europa com a constante invasão de imigrantes a identidade Europeia está a diluir-se.
Hoje já não há respeito pelo memória ancestral de um povo, em nome das igualdades aniquilam-se identidades dos naturais e dos outros. E aniquilam-se porque hoje não se respeita o passado e o mito da miscigenação triunfa.
Um africano nunca se vai sentir europeu, porque desde que nasce o que lhe ensinam é a sua identidade africana desde a música à gastronomia, quando vai para a escola existe um choque de identidades. Porque na escola não lhe ensinam o que lhe ensinaram em casa, e a questão não é a escola europeia que tem que se adaptar aos africanos, são os africanos que têm de se adaptar à escola europeia.
O mesmo passa-se com o Islão, os valores islâmicos são diferentes dos valores europeus logo o choque de civilizações é natural e lógico. Só quem persiste no mito da igualdade é que não percebe que somos diferentes e essas diferenças têm de ser preservadas. E hoje na Europa, nós Europeus estamos num processo de etnomasoquismo sem paralelo que nos levará à extinção do nosso povo.
Se condenamos o que fizemos aos Índios, porque estamos agora a autoflagelar-nos?
Se achamos bem os ciganos preservarem a sua identidade, porque consideramos racistas e xenófobos quem quer preservar a identidade europeia?
A mentalidade Europeia tem que mudar, porque a continuar assim estamos condenados à extinção.

www.causaidentitaria.org

Um site de preservação Europeia.