Friday, December 22, 2006

Letras caídas

Nenhuma palavra será dita
Estarão escritas nas mãos as consoantes
E nos olhos as vogais que as ligam.

Do copo sairá a melodia
E a dança, meu amor, será o instante.







Nenhuma palavra será dita
Dobradas estão as mãos dentro dos bolsos
Cerradas as pálpebras contra a luz do dia

E o corpo em letargia
Arrefece, meu amor, sem azevinho.





22 comments:

mitro said...

Que belo poema!

Claudia Sousa Dias said...

Beleza é tudo o que eu posso dizer acerca de c ada letrinha deste poema; o corpo poderá estar frio por falta de sol ou o fogo da inspiração que implica ao movimento e ao florescer da Vontade. Mas o coração arde mais que nunca. Sóestá quietinho à espera da centelha que despolete o Big Bang.

Para a diva das letras o Beijo da Alegria

CSD

Maria do Rosário Sousa Fardilha said...

Poema sem azevinho mas com cor. e quente. apetece um copo. de vinho. tinto. uma lareira. uma noite especial. para ti. ouviste?

jorge esteves said...

Traz o azevinho laivos tão dolentes como profundos da poesia da Florbela! O que torna o Natal mais frio...
Gostei e vou decorar o caminho para poder voltar!
Natal com Paz

peciscas said...

Para ti, e para todos os teus, querida amiga e colega,desejo
um Natal e um
Ano Novo
repletos de
PAZ
SAÚDE
ALEGRIA!

Fatyly said...

Anda cá e aconchega-te num abraço sincero porque sei, oh se sei que não palavras!
Beijos

Francisco del Mundo said...

Muito Bom Natal...
Haja letras e palavras...:D
Baci

ivamarle said...

não o deixes arrefecer demasiado, puxa-o para perto do teu fogo, mesmo que, sem azevinho...

José Manuel Dias said...

Feliz Natal e excelente Ano Novo.

Anonymous said...

Não vai arrefecer muito porque ainda há esperança.
E o coração, esse ainda se lembra.
E já não se pode colher azevinho, que está em vias de extinção.
Então vês é por isso que não há

Beijinhos e Feliz Natal

Anonymous said...

Um doce beijinho nesta fria quadra.

addiragram said...

Afinal, no que escreste, juntaste definitivamente as vogais com as consoantes! A música, a dança e o azevinho impregnam todo este lugar!
UM GRANDE,muito grande abraço amiga Elipse!

~pi said...

a pequena agonia de cada palavra dita. sem som.

o momento a que convencionou chamar-se natal. azevinho. dança. luzes.

pois não chega. por muito que nos aconcheguemos nas palavras, não chega. é preciso calor, mãos, colo. dançar até cair. ou então ignorar.

completamente. sair. voltar mais tarde quando as luzes se foram e tudo se torna friamente natural.

ABRAÇO, BEIJO

Graca Neves - mgbon said...

Bonito este poema de amor sem azevinho
Boas Festas

Anonymous said...

com ou sem azevinho.... FELIX NATAU! ;)

Anonymous said...

Posso deixar um beijinho num cesto de cheiros com os meus votos de festas felizes? Pois, então aqui ficam.

Anonymous said...

não comas muito e toma beijos açucarados
:-)*

wind said...

Belíssimo!
Vim desejar um Bom Natal na companhia de quem gostas:)
beijos

Anonymous said...

Passei para te desejar um Feliz Natal, para ti e para os teus!

Depois com mais tempo passo cá para te ler como mereces.

Felicidades neste Natal e sempre!

Paulo said...

FELIZ NATAL.

K. said...

Lindo. Feliz Natal!

mfc said...

Nada sobrevive ao instante eterno!