Wednesday, May 03, 2006

Os Maios da Liberdade


Já têm mais de dois séculos os Maios da Liberdade, festas comemorativas da República e da soberania popular francesa no período da Revolução.
Comemorava-se o que calhava: as vitórias, a juventude, a velhice, a agricultura, entre muitas outras coisas. Bastava que o povo se juntasse em massa, espontaneamente, para que elas ocorressem, sem preparação prévia nem sujeição a qualquer lei ou instituição. Cantos, danças, banquetes facultavam entre as gentes revolucionárias francesas o contágio afectivo que tornava a sociedade mais harmoniosa e os homens mais iguais.
Plantavam-se as árvores da liberdade, tradição que radica, certamente, nas festividades pagãs da celebração do equinócio da Primavera. Era como se a multidão, reunida, propagasse a ideia de unanimidade de que a Revolução era portadora.

…depois vieram os poetas e cantaram o Maio.


... e nós aqui, sem saber o que esperar dos Maios que estão para vir.

8 comments:

peciscas said...

Que saudades disto tudo.
Do que tivemos e do que não chegámos a ter.

mfc said...

Aqui... acho que nos estão a dar uma grande volta ao Maio a que tínhamos direito!

Claudia Sousa Dias said...

Pode crer mfc.

Na minha terra quase nem se ouve falar...

e agora estas nosvas reformas do nsistema de pensões...

que velhice faminta!

wind said...

Pois escreveste bem, no passado. Agora e no futuro, já era... beijos

antónio paiva said...

.....Eu gosto mais da revoluçaõ do Equinócio.....

Anonymous said...

enquanto o povo português aguardar que algo diferente e melhor venha ao seu encontro, sentadinho confortavelmente bem ao seu estilo... os Maios secarão como as flores que não são regadas.
Só sabem juntar-se no local e hora errada e quem leva por tabela é o criado-de-mesa, o vizinho ou até a familia.

Anonymous said...

O Maio é sempre e será o mês da mudança, da renovação.
Bom fim de semana.

ivamarle said...

os Maios já não são o que eram...