Trouxe-te o beijo, Mixtu.Também sei o que é beijar uma estátua
e colher o frio da representação do beijo ao dar-me em fogo.
Do outro lado o deus em pedra concede um minuto e depois parte.
Boca para beijar.
Boca para calar, depois de dizer que o beijo é quente
e dói dizer que depois gela
Também sei de uma mão redonda sobre as coxas
e de uns lábios colados nos meus lábios.
Promessa.
Desenho de presente em tempo incerto;
Desejo de futuro e depois nada.
7 comments:
ui! pior só o beijo ameaçado
beijo: suave maresia que se entranha na pele, é o sal que fica e o calor do sol, num beijo doce como mel...
O beijo é o acto mais íntimo que existe. Beijar é dar-se todo(a).
Beijar é amar... (exclamo)
O beijo é sempre alguma coisa em vez de outra. É metáfora material. Está lá para substituir o que é umas vezes impossível, outras inconveniente, outras impensável. Mas vale por si. Porque o valor das coisas, todas elas, é já o valor percebido em vez de todos os outros valores absolutos que, a terem existido, se evaporaram no andar da história. Mais do que toda a racionalidade, o que distingue o humano é o seu apego ao simbólico, o seu mergulho absoluto no signo. Nada é apenas um sentido. Nada é apenas uma perspectiva. Nada é apenas um desejo. E há beijos dados em pedras que afinal não são pedras embora os beijos sejam sempre beijos.
...de todo...afinal era claro não era...?:)
o sentido é para quem sente....
beijo. e obrigado pela visita....permitiu-me descobrir outro "sentido".
Um beijo belíssimo em que, repara, a figura feminina faz quase todo o esforço... se molda, procura, vai ao encontro... Uma sina!
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