Estava ali fechada e a vista perdia-se na contemplação das coisas possíveis, dias de neblina sobre as pálpebras e muralhas de ameias sobre a vontade.
Estava ali fechada nos dias invernosos, paisagem escura, sonhos encarcerados no círculo das pedras.
Estava ali com vontade de ter asas ou pernas de gigante que ultrapassassem a inquietação contida na clausura.
Era moira por encantar, rosto sem espelhos para cá dos céus, estátua de pedra por analogia simples, semente caída em rocha.
Estava ali fechada, ou eu ou a minha imaginação.
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