Era a hora irreal do dia, a hora da bruma à beira-mar e dos sussurros dos búzios pousados nas areias; e eu a inventar realidades sabendo ser ainda cedo para o voo da tarde; mas já o céu cintilava, já a noite se vestia de sonho e as ondas soltavam-se de encontro à rocha, às escondidas.
Por ser a hora irreal do dia, a hora dos sonhos que desfazem todas as brumas e abrem caminho à invenção de todas as realidades, declarei que o voo se faria ao fim da tarde. A noite vestir-se-ia de marés soltas e aguardaria a chegada da manhã. A revelação poderia estar no lugar em que as rochas recebem as ondas e lhes abençoam a violência.
Por ser a hora irreal do dia, a hora dos sonhos que desfazem todas as brumas e abrem caminho à invenção de todas as realidades, declarei que o voo se faria ao fim da tarde. A noite vestir-se-ia de marés soltas e aguardaria a chegada da manhã. A revelação poderia estar no lugar em que as rochas recebem as ondas e lhes abençoam a violência.
8 comments:
...mas o voo não marca hora.Acontece num instante...
Já tinha tantas saudades de te ler!A revelação está nas palavras que lavam
de ondas a nossa "alma".
Desalinhada
Que saudades!
E, porque acho que mereces, vai buscar isto (obviamente, se quiseres) ao http://planoalto-premios.blogspot.com/
Beijos
Olá elipse! Já há muito tempo que eu não aparecia por cá.
Mas é uma delícia chegar aqui e encontrar o mar e as tuas palavras que hoje te fazem irmã de Sophya...
Um beijo
CSD
A irrealidade da realidade, devidamente alinhada.
A noite vestir-se-ia de marés soltas e aguardaria a chegada da manhã.
...........
um olhar sensível!
a revelação...
ora era oum voo a revelar.. será?
abrazo europeo
Um momento de sonho e de fantasia, numa paisagem que o desperta.
Como eu gosto dessas horas irreais do dia em que os sonhos desfazem todas as brumas...
Beijinhos!
HOJE E AMANHÃ (uma nova casa)
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