Já de madrugada vieram os pássaros em chilreios de despertar
Enquanto o sol se levantava e os olhos estranhavam a luz
Estava distraída a plantar uma tília
Com os dedos envolvidos no prazer da terra
E os sentidos todos concentrados na esperança de a ver crescer;
Para lá da porta conseguia ver-se o verão incendiando as planícies
Lume a fustigar a calma, fogo, ânsia, ave desabrida
Ouvi depois dizer que é devagar que as folhas desabrocham
Embora a esperança se converta em pressa
E queira ultrapassar o fim dos labirintos.
Enquanto o sol se levantava e os olhos estranhavam a luz
Estava distraída a plantar uma tília
Com os dedos envolvidos no prazer da terra
E os sentidos todos concentrados na esperança de a ver crescer;
Para lá da porta conseguia ver-se o verão incendiando as planícies
Lume a fustigar a calma, fogo, ânsia, ave desabrida
Ouvi depois dizer que é devagar que as folhas desabrocham
Embora a esperança se converta em pressa
E queira ultrapassar o fim dos labirintos.
7 comments:
Que cheiro a terra, a húmus, a cio vegetal, se solta do teu texto e da imagem qua aí tens!
As folhas cescem de madrugada... e como é belo e reconfortante
ouvi-las crescer
Eu gostava de dizer as coisas assim!
É perfeito. Tudo o que disseste revela a calma de um sorriso.
mas talvez sejam os labirintos que as fazem tão belas...
Agora coloquei-te na berlinda, não quero outra coisa: deixei-te um convite no tasco, mas no teu caso, se não te apetecer, basta escolheres um dos teus maravilhosos textos e está feito; qualquer um deles daria um excelente princípio ;-)
Leveda sempre em nós o desejo de uma Vida! Deixa-a transbordar e dá-lhe forma!
É um prazer ler-te!
Nada pode ser mais deliciosamente calmante!
Gostaria tanto de ver um antologia tua publicada!
CSD
A passagem pelo teu blog foi uma surpresa...Irei voltar.
ao ler-te fiquei em paz. Gostei muito!
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