Sunday, April 22, 2007

arcas velhas

subitamente dei comigo a olhar a arca onde guardei
dobrada
a alegria;
já me tinha incomodado o cheiro a mofo
mas pensava que era do preto dos vestidos
atirados
desdenhosamente
num dia de mãos aliviadas.

lembro-me que também lá pus
a esperança
com medo de a usar em demasia.

devia levantar-lhe a tampa,
suprimir o peso sobre as camadas dispostas no interior

mas tenho medo de mexer nas traças.

10 comments:

mfc said...

A Alegria e a Esperança não têm traças!
Abre a arca de par em par!

psique said...

as traças voam para longe
a alegria a esparança reencontram -te

AC said...

Parece-me que a questão está na desabituação do trajar tanto da Alegria como da esperança.

Ainda bem que sabes onde as guardas-te, meio dia já está feito, agora é ousar traja-las e enfrentar as consequências.

wind said...

Ois:)
Tens uma coisa no webclub para ti:)
beijos

Anonymous said...

muitos muitos parabéns...
:)))))))))))))))))



vim da Wind.


abraço.

(piano)

wind said...

Até me esqueci de ver o que estava escrito.
Ao menos sabes onde estão as coisas. É só perderes o medo:)
beijos

Tangerina said...

À cautela mas com coragem...levanta a tampa, só um pedacinho.

Depois vê o que acontece:)

-pirata-vermelho- said...

Mais vale que te zangues!
Ficas assim...
selecta.

Anonymous said...

o problema é quando achamos que nada existe que valha a pena o trabalho de abrir a arca.

ivamarle said...

não se pode guardar a alegria, num qualquer baú esquecido no mofo de um sótão; deve trazer-se sempre connosco, para "sacarmos" dela numa qualquer oportunidade e assim, desfrutar ao máximo cada momento.
Beijos ;-)