Onde está o sentido?
O mais directo, escondido nas
estrofes de Pessoa.
Também eles são meninos da sua mãe e estão ali no cumprimento de um dever. Malhas que o Império tece?
É de malha o texto que articulam na folha da prova para se desenvencilharem das malhas da vida. As primeiras. Malhas grossas, digo eu que resolvo a prova já fora da teia, mas suspensa noutras, mais finas porque são as minhas.
Há sempre Impérios sobre a nossa razão mas nunca da mesma maneira; mas eles, que estão no meio de uma história, olham as estrofes e procuram-lhes o sentido; escrevem sobre a guerra em palavras sucintas, contando-as, uma a uma, para não excederem as normas, que as guerras não se querem longas nem detalhadas. E enfrentam a guerra pelo sucesso que tentam nas estrofes de Pessoa ou na virtude de Gomes Freire de Andrade, exemplo que se quer comparativo, por ser combativo.
Sabem de lutas? Sim, as da História, vagamente. Ler o passado ainda faz pouco sentido. É no futuro que o procuram, os meninos das suas mães, e agora, aqui, nas estrofes do poeta.
8 comments:
:)))) Genial esta tua prosa!
Nem escrevo mais nada para não estragar;)
beijos
Mas há futuro sem alicerces fundados?!
Parabéns como apresentas esta realidade! Gostei muito!
Ora aí está a dira realidade dos exames.
Poderia escrever quilos de palavras sobre exames, mas, estou como a Wind, não o faço para não estragar o teu texto, bom como é costume.
Tenho um sobrinho nessas andanças e já tive um filho.
A gente sofre com eles.
Saiu Pessoa?
Esse poema é um dos que o Villaret dizia supremamente.
Só mesmo uma Elipse seria capaz de gerar, a partir da prosaica expectativa de um exame de Português, a beleza inconformada de um texto lírico que fala de um apaixonado exame de consciência histórica. Obrigado.
Fantástico! transformaste o exame numa bela passagem por esta vida.
O teu escrito está excelente e até Pessoa gostaria de o comentar.
Gostei mesmo e agora um BEIJÃO da "joaninha"
a uma análise tão incisiva como a tua, nem um aluno de 20 chegaria...
Texto fantastico :) Adorei. E ainda só foi há dois anos que andava eu a contar as palavras...
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