Monday, September 05, 2005

Um corpo visto de cima

Vejo-me de fora, dentro da paisagem.
Como se estivesse pousada numa nuvem acima do percurso dos pássaros.
Deitei-me na areia à beira do rebentar das ondas debaixo do mesmo céu que outros vêem e fiquei estendida, de olhos fechados a evitar a luz do sol.

De olhos fechados é como se nada existisse. As crianças fecham os olhos e ficam escondidas do mundo.

Vejo-me de cima, um corpo estendido na areia de uma praia, à beira de um oceano que começa ali e dá a volta ao mundo; no outro lado há também gente que se estende e fecha os olhos a evitar a luz do mesmo sol.
A dimensão do meu corpo vai perdendo importância; vista de cima sou uma entre os outros.

Retirei a máscara há muito tempo mas não dei conta da extinção dos medos.
Nunca damos pelo passar do tempo.

4 comments:

CapoCosmico said...

Como va??... como siempre: hermoso!

podrias desirme mas sobre esta frase.
A dimensão do meu corpo vai perdendo importância; vista de cima sou uma entre os outros

Estas lineas abrazan lo genial y se confunden con el amor que explican y son.... no?
Beijinhos

Elipse said...

Lo que quiero desir es que soy solamente una pequeña pieza del universo y que soy tan importante o tampoco como todas las otras cosas que existen en mi vuelta. Tudo depende del observador e de su manera de ver las cosas del mundo. Se alguien me ve de la tapa del cielo, seré una pequeña cosa.
Estoy hablando de la relatividad de la observacion del mundo y de sus consecuencias en nuestras sensaciones.
Gracias por tu escrita.
Besos.

CapoCosmico said...

Gostei de te "conocer"!... (se escribe asi?)... besos! y gracias!

Anonymous said...

Keep up the good work
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