Sedes antigas. Ou antes, nunca uma sede igual a esta, nunca uma ânsia a agigantar-se assim na corrente dos dias, nunca uma desordem tão perfeita.
Sedes muito amplas e muito antes de todas as coisas perderem o sentido e o reverso; sedes de espuma e terra e oceano e astros.
Como posso ignorar a narrativa se ela e só ela me traduz o nunca de todas as coisas, o silêncio-rosário a correr entre os dedos.
Evadindo-se o pulso e o pulsar, restam as folhas de papel e as pausas, umas e outras matéria do mesmo universo vazio.
8 comments:
gostei particularmente do "siêncio-rosário" maravilhosamente encaixado num belíssimo poema de um desejo insaciável.
csd
gosto mais de "só ela (narrativa) me traduz", eu diria o "nunca mais de todas as coisas"
:DDDD
não sei como exprimir-me para descrever os sentimentos que me invadem ao ler-te...
é uma torrente de sentimentos que evoluem, como evolui a tua escrita, como cada palavra me toca mais e mais e mais ainda... sabes que mais? acho que estou apaixonada , perdidamente apaixonada pela tua escrita...
iva, não exageres!
beijo.
Oa aneis anosos, os grilhoes da vida entre os dedos... decepados.
Beijicos
não é exagero amiga, o efeito que a tua escrita produz em mim, é um sentimento próximo da paixão...
"restam as folhas de papel e as pausas"...que mais tarde retornam a "universos vazios" e jamais à renovação.
Beijos
Viver sofregamente... mesmo com pausas!
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