
Não forces o sorriso que te estragas; não olhes, não fixes o real mais do que o necessário; não pronuncies as palavras inúteis, nem todos os ouvidos as merecem. Segura a lágrima, que te faz falta à secura das horas mais amargas; fecha os olhos, se puderes: uns dias de cegueira clarificam a vida ou ela é sempre clara e são as pálpebras demasiado abertas que não permitem visões certeiras.
Não sorrias ainda, a vida espera um pouco enquanto te seguras e te retrais; aligeira a carga, espalha os cabelos ao vento, estica a pele enrugada, movimenta a face trôpega; desfruta, se fores capaz, das horas inactivas: pára, paira, pasma, descansa, cria.
Aguarda o tempo necessário ao retorno da normalidade. Ela virá.
Não sorrias ainda, a vida espera um pouco enquanto te seguras e te retrais; aligeira a carga, espalha os cabelos ao vento, estica a pele enrugada, movimenta a face trôpega; desfruta, se fores capaz, das horas inactivas: pára, paira, pasma, descansa, cria.
Aguarda o tempo necessário ao retorno da normalidade. Ela virá.
9 comments:
Gosto desta tua interpretação. E também da do António Mega ferreira em "Uma Caligrafia de Prazeres" a propósito do sorriso mais enigmático da história da pintura...
CSD
Podias sorrir para ti...
mesmo que não se possa ver.
são interpretações muito sofridas, Cláudia, enigmas ou impossibilidades de sorrir.
pirata, eu vou tentar. daqui a dias já está! Obrigada.
Eu sorrio na inutilidade
Olha no "céu" dos olhos a beleza que te habita e percorre os pequenos "desvios",procurando não agigantar as
imagens...No horizonte os dias, também ,são luminosos.
Compreendo, respeito e aceito...mas tudo passa porque também nós estamos de passagem.
Beijos miúda linda!
eu sorrio sempre com utilidade; sorrir na inutilidade pode ser demência e dessa vou tentando fugir.
acho que vejo a luz, addiragram.
de passagem? sim, sempre para a outra margem. ali ao lado, acessível, quero-a.
É isso... continua a sorrir com utilidade!
Fica-te bem.
belo recado.
let's be monalisa :DDDD
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