quando eu nasci
escreveram-me nas pálpebras
um conjunto inteiro de mentiras
e devem ter-me dito
para não pestanejar
às vezes, à noite,
quando tento manter abertos os olhos
com medo da verdade
há uma montanha
pousada em cada pálpebra
e eu resisto
olhando a floração das madressilvas;
se fecho os olhos
vai-se o viço tenro das guias
que hão-de fazer-se troncos
Post -9
5 months ago
16 comments:
O peso do que nos sufoca ao olharmos em redor e espalmados pela impotência. Gostaria de escrever como tu. Gostei muito!
Beijos
...
sabes lá se vai
...
beijO
Volta a poeta
de alma incerta
a se dizer
no verso...
Um grande beijo para aquela que pensa e edesmente as falsas verdades - Athena, és tu!
CSD
asseguro-te que não te escreveram nas pálpebras...
abrazo
Todos carregamos fardos.
Uns que criamos... outros que nos foram criados!
Mas preponderam os primeiros.
o meu lado negro é, neste momento, outro...
beijinhos ;-)
E ao pestanejar? Seriam as mentiras sacudidas em pó?
belo e triste.
foste nomeada, por estas e por outras palavras.
beijinhos
Bom dia Elipse!
...brilhante! E Tragicamente real.
Bjicos
Gostei, declamei, e...guardei !
beijo
(off topic) Olh'aqui
http://bp1.blogger.com/_bOtngwX0yq4/Rlnmwv4It4I/AAAAAAAAABE/b3GWcXUmaoE/s1600-h/OTAvsALCOCHETE4_mapa.JPG
(off topic)
Dizem que ninguem fala do sítio porque é do Estado e por isso não permite negociatas com dinheiro gasto
A ideia base do poema é fantástica. Se quisesses desenvolvê-la num conto ou assim...
O poema também está muito bonito, claro!
Beijinhos
tozé, guarda tudo, quero ouvir.
manuel, obrigada pela ideia. vou ver se consigo.
agoniaste-me
ando a pensar nisto há muito tempo mas não sei escrever
procuro o termo "psicologico" para isto que descreves, sabes?
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