Friday, September 15, 2006

ciclos, círculos e linhas rectas

A vida é feita de ciclos ou anda em círculos. Menos na duração, que essa é uma linha recta a sumir-se na continuidade que nos fica ao lado direito que, sendo futuro, não deixa de ser imperfeito e acaba num ponto final. Não é verdade aquilo dos infinitos que nos ensinaram na escola. Maldita matemática que nos engana redondamente, argumentando com a coerência interna, quando nos obriga a deduções lógicas.
Deve ser por ter iniciado agora as tarefas rotineiras, ainda há tão pouco tempo quebradas e aliviadas.
Mas antes não era assim; parece que tudo se transformava em novidade e eu vibrava com os começos das mesmas coisas confiando na minha capacidade para mudar a visão do que parecia vir a ser igual.
E eu, que senti o calor do verão como um castigo, sinto agora o fresco que se aproxima como a vingança do tempo, no seu voo irónico..

9 comments:

wind said...

Também não acredito no infinito (paradoxalmente porque sou de matemática), "nada se perde, nada se cria, tudo se transforma"-Lavoisier e finalmente a rotina continua.
Há que saber "desenrolar", a dita cuja:)
Espero que tenhas tido umas boas férias, pois a escrever bem voltaste;)
beijos

prologo said...

Começos é comigo.
No início ainda é tudo possível e o avançar não é mais do que rejeitar possibilidades, umas atrás das outras. Mas um começo é mesmo um começo, não existem recomeços nem se volta ao princípio. Aproveitemos por isso cada início como se fosse o último.

Anonymous said...

quem escreve como tu...vai à luta pela certa e não anda só em círculos...Ponto final!
Beijocas

ivamarle said...

Ai, ai, ai ai!! Tu regula-me de vez esse "termostato" e põe-te em consonância com o que a vida tem de bom.beijocas!!

Elipse said...

wind, és cá das minhas, que a matemática é importante mas é cá uma "seca"!!!
e prólogo, se fosses epílogo o que dirias?
fatyly, a luta espera-me e eu vou a caminho.
Iva, não te esqueças que a Elipse é assim, não tem cura. Mas eu dou-lhe a volta e consigo transformá-la em Fausta Paixão, em certos dias. Vou ter de apregoar isso um dia num post aos meus leitores, para acreditarem.

mfc said...

Gosto dessa disposição nova para enfrentar o mesmo que é novo à força de nele se crer.

~pi said...

verão traz outono pala mão, a mais magnífica das estações para mim: a luz baixa, o fogo escondido volta a ser lareira, frutos, tréguas antes do natal,as rotundas às vezes. outras linha,dia após dia, estamos aqui todos...

Elipse said...

pirata, eu já há muito que estou despedaçada.
Quando me conheceres vais ver... pareço um daqueles cacos dos museus!
( ai meu deus, já não sei quem sou... será que esta é a fausta que está a responder? Ai que se vai a seriedade da Elipse.)

Anonymous said...

Parece que te perdeste, já não sabes se andas entre entre cículos ou elipses... ou andarás agora em linhas rectas?