Não tinhas necessidade de me prender ao corrimão das palavras que eu não sou capaz de dizer para aí me deixares refém das tuas interpretações; não, não trouxe os phones desta vez, ouço tudo o que dizes e adivinho-te também, não penses que és o dono dos olhos alheios ou do som das palavras que eles dizem a ressoar na ampliação dos teus modelos. Grades.
Nem tinhas necessidade de me encaminhar para os degraus de um incómodo que em certos dias é dilacerante, particularmente se antes ouvi uma música já de si melancólica, que nem é tanto a música, mas as palavras com que ela é dita. Ecos.
Estou cansada dos círculos com que me envolves e da corrente que prendeste à estante para que as minhas mãos lá fossem ter e eu a querer soltar-me de gradeamentos antigos e a prender-me noutros que ameaçam eternidade em folhas já lidas. Repetições.
Sei que quanto mais me olhas mais confirmas a ordem de prisão, sabendo da fragilidade da minha teimosia.
Viste como me encantei com a palavra teimosia mesmo vestida de fragilidade?
8 comments:
Escreveste algo bem profundo e sem querer revoltei-me comigo própria...porque...construimos barreiras de e com fragilidades que teimosamente se tornam no (des)equilibrio certo da nossa marcação.
Não sei...
Bom fim de semana
A sombra é um lugar de repouso. Não é um lugar para ficar...
Muito bom esta tua ida ao interior.
Liberta-te de ti própria...:)
beijos
*Muito boa
veste-te ou despe-te conforme o teu íntimo obriga. Nunca, mas NUNCA, deixes que os limites sejam impostos pelos outros...NUNCA!!!!!
Continua teimosa... é sinal que vives!
Nunca sei que palavras usar para comentar o que dizes, e não quero ficar eu preso ao corrimão das palavras que não sei dizer. Tento por isso ser o mais simples possível. Como sempre, gostei muito.
ikivuku, não podias ser mais certeiro.
Obrigada
CSD
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