Se te pedi uma razão é porque quero subir a escada sem o terror da queda, nadar em águas que não sejam fossos cercadios, correr de pé e depressa até me pôr a salvo, deixar soltar o grito com som audível.
Por isso também me pões à prova.
Se te pedi uma razão é porque não me apetece que ouças as palavras que não digo ou as que brotam da forma elíptica do meu dizer e que eu não sei aguçar sem sair ferida ou as que me forças a dizer colocando a grade onde o caule se enrola tenro.
Fere-me. Já te ouvi falar de esgrima.
Por mais razões que me dês hás-de saber que eu não ajoelho diante dos altares por não ser capaz do gesto.
Estes deuses são só meus. Estás protegida.
Não. Estou despida.
Post -9
5 months ago
8 comments:
:)))
Grande e excelente força e reacionalismo que estás a conseguir alcalçar, depois de muito tempo para reflectires.
Sem as tuas coisas, perdes-te, ficas sem as defesas, ficas nua:)
Genial prosa, de encontro e descoberta de um novo rumo!:)
beijos
Estes diálogos interiores (e exteriores) se tiverem o condão de te fazer encontrar-te... valem a pena!
E ditos desta forma sublime (sublime é a palavra...), para mim, valem bem a pena.
Não conterá cada tentativa de encontro o confronto com as asprezas de cada um de nós, que, se toleradas, poderão afagar o caminho que nos leva ao coração do conhecimento?
Subscrevo tudo que comentaram. Fantástico! Beijos
xiii só hoje é que vi, desculpa, onde está reacionalismo, é:racionalismo. beijos
E são tantas as vezes que nos sentimos despidos...
(gostava de ouvir da tua opinião sobre o poema, se puderes)
os diálogos interiores nunca são vazios de discórdia, é da sua própria natureza, o conflito...
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