Saturday, January 21, 2006

Histórias com Vento

Conta-me histórias de marinheiros
Que tenho os olhos presos no mar
Mar de mudanças
Sobre as lembranças

Conta-me as vidas e as viagens
Olha-me dentro, escuta as palavras
Muda-me o rumo
Mudo o sentir

Conta-me os dias, canta-me os sonhos
Que eu solto as asas e estendo as horas
Faz-me sereia
Levo-te os medos

Leva-me à noite, traz-me suspensa
Limpa-me o tempo preso às memórias
Solto as amarras
Vou com o vento.

12 comments:

Maria do Rosário Sousa Fardilha said...

prosas do vento que passa? ;)

Maria do Rosário Sousa Fardilha said...

:))"trovas"

Elipse said...

Título bonito, esse, Maria! :))

mfc said...

Todos desejamos mudanças de rumo - o sonho é sempre a fuga possível, as memórias devem ser aligeiradas porque pesadas - são a esperança.

Mónica said...

e é teu?

Elipse said...

Aqui neste espaço é tudo meu, a começar pela imaginação.
De meu tenho também o direito a ser eu e a ser as outras e os outros que tenho em mim. Ou fora de mim.
E são também minhas as personagens que ponho nas minhas construções. Porque me aproprio delas, embora umas vezes com menos propriedade que outras.
Depois das palavras escritas, deixo a cada um o direito à apropriação que quiser ou que conseguir fazer.
Mas já não estou lá nessa altura.
(quanto ao barco... ia a passar no meu horizonte...e ficou meu...)

addiragram said...

É o vento que leva, mas é também o Vento que traz...

SoNosCredita said...

"Limpa-me o tempo preso às memórias
Solto as amarras
Vou com o vento."

Que bonito!

Maria Manuel said...

Zarpar, vogar... fluir ao vento... Tão bom!

Bj

Toze said...

Gostei , mas ainda gostei mais do teu comentário : "Aqui neste espaço é tudo meu, a começar pela imaginação.
De meu tenho também o direito a ser eu e a ser as outras e os outros que tenho em mim. Ou fora de mim.
E são também minhas as personagens que ponho nas minhas construções. Porque me aproprio delas, embora umas vezes com menos propriedade que outras.
Depois das palavras escritas, deixo a cada um o direito à apropriação que quiser ou que conseguir fazer.
Mas já não estou lá nessa altura.
(quanto ao barco... ia a passar no meu horizonte...e ficou meu...)"

Beijo grande !

ivamarle said...

tudo o que sonhamos é nosso!!! adorei o texto, tu pelo amor de...do que quiseres, escreve um livro, que eu ofertá-lo-ei a toda a gente quando for ocasião festiva, ou mesmo só: porque sim!

Claudia Sousa Dias said...

Concordo com a bela flor azul (Iva)!

O título poderia ser "O canto da Sereia"

CSD