Sempre gostei de ver as palavras a saltitar e de lhes ouvir a música; não eram tanto as que dizia mas as que deslizavam para dentro, presas no interior da timidez.
Foi por essa altura que descobri Eugénio de Andrade.
"Somos como árvores
só quando o desejo é morto.
Só então nos lembramos
que dezembro traz em si a primavera.
Só então, belos e despidos
ficamos longamente à sua espera."
(As mãos e os Frutos)
Post -9
5 months ago
4 comments:
O homem continua vivo na força das palavras...e nas palavras em linha. Um beijinho
Em tudo há uma sequência previsível.
Garota
Um bom fds.
Volto 2ª Feira
Cheio daquilo que eu gosto este seu blog, a Poesia.
Bonito este extracto do Eugénio de Andrade que aqui nos deixa.
Embora que um pouco diferente, fez-me lembrar um poema que escrevi e que aqui lhe deixo.
"No verde dos meus olhos/
Colherei das Primaveras/
O verde dos jardins/
Até que o Inverno sobrevenha./
Beijinhos.
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