Depois o abraço, mas antes os dias empolgados da espera, após a coincidência.
E antes, muito antes, um tempo perdido na infância, há muitos, muitos anos.
No intervalo decorreu a vida.
As meninas encontraram-se e olharam-se nas rugas. Viram através delas o passar dos anos e contaram como foi. Ou antes, contaram pedacinhos de dias bons e dias maus que a memória não alberga mais do que uma parte do todo. Às vezes nem um traço. E, à distância, havia coisas difíceis de confirmar, talvez apenas construções ou desejos. Nunca se saberia. As fotos não comprovam mais do que aquele preciso momento e não se consegue ver nelas o sentir daqueles dias. Isso disseram-no elas, as meninas, à distância de muitos, muitos anos.
Sabes, amiga, o passado não vale mais do que o necessário para se perceber de onde viemos. E mesmo isso nem sempre é a verdade!
Para mim, a verdade foi o encanto de te ter de novo.